A Rodobens Negócios Imobiliários, que voltou a apresentar projetos ao mercado neste quarto trimestre, prepara para 2018 sua retomada gradual do crescimento, segundo os copresidentes, Alexandre Mangabeira e Carlos Bianconi. Projetos destinados ao Minha Casa, Minha Vida responderão por fatia de 10% a 20% dos projetos. A maior parte dos lançamentos serão projetos para os padrões médio e alto e empreendimentos econômicos acima da faixa do programa habitacional. O patamar de lançamentos para o próximo ano não é divulgado.
Neste trimestre, a Rodobens fez seus dois primeiros lançamentos do ano, no total de R$ 150 milhões, destinados às rendas média e média-alta. Outro empreendimento poderá ser apresentado ainda neste ano. Em 2017, a incorporadora fez cortes de pessoal e fechou seu escritório na capital paulista para readequar sua estrutura ao novo tamanho buscado. Se anualizadas, as despesas gerais e administrativas do quarto trimestre serão 40% menores do que as de 2016.
Mangabeira ressalta que a redução das despesas contribuiu para que o prejuízo líquido do terceiro trimestre fosse menor do que as perdas do primeiro e do segundo trimestre. "A empresa está mais eficiente e mais pragmática", diz Bianconi. Na comparação anual, a Rodobens reduziu seu prejuízo em 16%, para R$ 12,9 milhões. A receita líquida caiu 50%, para R$ 73,03 milhões.
A margem bruta caiu dos 16,2% do terceiro trimestre do ano passado, para 9,7% de julho a setembro. Na comparação com o segundo trimestre, porém, quando o indicador ficou negativo em 4,5%, houve melhora expressiva, resultante de economia de custos em obras e de menos distratos. "A tendência é mantermos a margem que conseguimos agora", afirma Mangabeira.
No trimestre, a incorporadora gerou caixa de R$ 37 milhões e, em nove meses, de R$ 139 milhões. A companhia reduziu sua dívida líquida pelo quarto trimestre consecutivo. No fim de setembro, o endividamento líquido da Rodobens era de R$ 262 milhões, e a alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido ficou em 39,2%.