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07/07/2025

Governo estuda nova fórmula de crédito para imóveis de até r$ 1,5 milhão, diz jornalpor – Sindicato Legal

O governo federal discute a criação de um novo modelo de financiamento habitacional para imóveis de até r$ 1,5 milhão, com o objetivo de reaquecer o crédito imobiliário voltado à classe média. as informações são do jornal o globo .

A proposta, liderada pelo banco central, envolve dois pilares principais: liberar parte dos depósitos compulsórios sobre a poupança para ampliar o volume de crédito e ajustar a lógica dos contratos corrigidos pela inflação, que atualmente têm baixa adesão.

Em queda nas pesquisas de opinião, o petista tem insistido em destravar o financiamento para a classe média, especialmente diante do esgotamento do atual modelo baseado na poupança, cuja participação no funding do setor caiu de 46% em 2021 para 32% no fim de 2024, segundo a abecip (associação brasileira das entidades de crédito imobiliário e poupança).

A primeira frente da proposta trata da flexibilização dos compulsórios. atualmente, 65% dos depósitos em poupança devem ser obrigatoriamente direcionados para crédito imobiliário, 20% ficam retidos no banco central e os outros 15% são de uso livre pelos bancos.

a ideia em estudo é criar um mecanismo de estímulo: para cada r$ 1 adicional concedido em financiamentos habitacionais, o banco ganharia um bônus equivalente em recursos livres, descontado da parcela de compulsórios. essa engenharia ampliaria a liquidez no setor com menor impacto sobre a política monetária.

A estimativa interna do governo é que a medida possa injetar até r$ 80 bilhões no mercado. a proposta é vista como alternativa à simples redução do compulsório, defendida por parte do setor bancário.

O segundo eixo da proposta busca ampliar a adesão aos contratos corrigidos pelo ipca. atualmente, esses modelos respondem por apenas 2% das novas contratações, devido à volatilidade da inflação, que torna as prestações imprevisíveis ao longo do tempo.

para corrigir esse problema, o banco central estuda um novo modelo de amortização, que antecipe parte da quitação no início do contrato e postergue variações inflacionárias maiores para o fim do financiamento. o objetivo é criar uma trajetória de pagamento mais previsível e segura para o tomador.

Além de proporcionar mais previsibilidade aos mutuários, o novo modelo também permitiria aos bancos ampliar a captação com base em instrumentos do mercado de capitais, viabilizando uma transição gradual para fontes de funding além da poupança.

FONTE: SINDICATO LEGAL