Por Diego Lazzaris
Segundo ele, nos primeiros três meses do ano houve um crescimento de 20% no crédito. mas, ao considerar o período de janeiro a maio, esse crescimento passa para 11%.
Gamba destacou que, mesmo com uma possível redução no volume, o nível continuará elevado – superior a r$ 120 bilhões em crédito imobiliário para pessoa física. “haverá uma desaceleração, mas a perspectiva segue otimista”, diz.
Para luiz frança, presidente da associação brasileira de incorporadoras imobiliárias (abrainc), o imóvel no brasil ainda pode ser considerado barato. além disso, disse ele, ao considerar a compra de um imóvel, não se deve olhar apenas para a taxa de juros do momento, mas sim para a capacidade de pagamento, especialmente porque o bem representa um sonho de consumo.
França destacou que, no caso da taxa de juros, existe a possibilidade de portabilidade: é possível, futuramente, migrar
“O movimento de alta da selic ainda não impactou de forma significativa o crédito imobiliário para pessoa física. no entanto, a expectativa é de que esse impacto aconteça nos próximos meses”
Sandro gamba - Presidente da Abecip
O financiamento para uma instituição com condições mais vantajosas. “já em relação à valorização do imóvel, não há como controlar. se os preços continuarem subindo acima da inflação, é possível que o comprador perca a capacidade de adquirir o mesmo imóvel no futuro”, afirmou.
Para o presidente da abrainc, o segundo semestre deve ser forte no setor. um dos motivos é a questão demográfica: a população tem formado poupança para adquirir imóveis e os casamentos estão acontecendo mais tarde, o que adia a compra da casa própria. “esses elementos reforçam a expectativa de que o segundo semestre continue positivo”, disse.