A Emccamp Residencial - incorporadora que atua, principalmente, no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida - está mantendo a meta traçada antes da pandemia de covid-19 de mais do que dobrar o Valor Geral de Vendas (VGV) de lançamentos, neste ano, no Estado de São Paulo, em relação ao de 2019, quando apresentou quase R$ 300 milhões ao mercado. A projeção para 2020 é chegar a VGV entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões.
Segundo o diretor e vice-presidente comercial da incorporadora, Régis Guimarães, desde o início da quarentena, as vendas de imóveis da Emccamp caíram, mas a retração tem sido menor do que a empresa esperava. “Como tivemos um sucesso razoável nas vendas, estamos confiantes em lançar outros empreendimentos”, afirma o executivo.
Segundo o diretor, se a incorporadora lançar volume menor do que o previsto, em 2020, será devido a atrasos na obtenção de licenças. De acordo com o executivo, vários lançamentos foram postergados para o segundo semestre por causa do atual ritmo de liberação de projetos pelas prefeituras. A expectativa de Guimarães é que o maior VGV deste ano seja apresentado no terceiro trimestre.
O executivo conta que os processos de repasses dos recebíveis dos clientes para a Caixa Econômica Federal estão “um pouco mais lentos” por haver um limite de pessoas que podem ir, ao mesmo tempo, às agências, o que afeta o ritmo de assinatura dos contratos com o banco público.
Cerca de 80% dos projetos da Emccamp se concentram no Minha Casa, Minha Vida. Em 2019, a incorporadora passou a atuar também em produtos com valor logo acima do teto do programa para evitar a concentração de riscos em um segmento dependente das decisões governamentais.
No Estado de São Paulo, a incorporadora desenvolve projetos na capital paulista, na Região Metropolitana de São Paulo e na Região Metropolitana de Campinas. A empresa tem atuação também no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Fundada em Belo Horizonte, em 1977, a Emccamp é uma S.A. de capital fechado. Estava nos planos da incorporadora abrir capital, neste ano, mas a operação acabou sendo postergada em decorrência da pandemia.
“Nosso caixa ainda está saudável, e não temos dívida”, diz Guimarães. O executivo afirma que o caixa será reduzido, em 2020, mas conta estar confiante que os recursos serão suficientes para lançamentos de projetos nos próximos dois anos.
