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19/05/2020

Pagamento de hora extra no megaferiado eleva custo de setor essencial

Representantes de setores como construção, alimentação e farmacêutica dizem que não foram consultados

Sem descanso A antecipação dos feriados na capital paulista para esta semana vai pesar no bolso dos setores considerados essenciais, que estão funcionando durante a quarentena. A principal reclamação é que a medida adianta também os pagamentos de horas extras no momento em que os negócios estão com necessidade generalizada de caixa. Representantes de empresas como construção, alimentação e farmacêutica afirmam que não foram consultados para a elaboração do projeto. Bula “Nosso faturamento acontece justamente no final do mês. Vamos ter de pagar hora extra porque não vamos deixar de distribuir o produto. É mais custo quando já temos pressão de dólar e frete”, diz Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma (indústria farmacêutica).

Garfada Na alimentação, os restaurantes, que estão fechados mas continuam atuando com delivery, também se queixam. “Essa falta de planejamento é dramática para empreender. A gestão da crise em SP está muito ruim, assustadora”, diz Paulo Solmucci, da Abrasel (associação do setor).

Tijolo com tijolo “Não se consegue desmobilizar uma obra em 24 ou 48 horas quando se está no meio de uma fundação. Vamos ter de pagar hora extra. Podia ter tido um pouco mais de tempo para nos prepararmos”, afirma Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação).

Cimento Para Luiz França, presidente da Abrainc (associação de incorporadoras imobiliárias), a medida também foi repentina e os custos preocupam. "Estamos trabalhando para construir e não estamos vendendo, as empresas estão sofrendo", diz ele. Segundo França, o setor já está com protocolos rígidos para o combate ao coronavírus.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO