Por Letícia Furlan
Enquanto a zona sul tem maior demanda por imóveis econômicos (até R$ 12 mil), a zona oeste domina nos segmentos médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto padrão (acima de R$ 24 mil) em São Paulo. Os dados são da primeira edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI-São Paulo), que analisou cinco principais zonas — norte, sul, leste, oeste e centro — com potencial para investimentos em imóveis
O novo índice faz parte do IDI Brasil, que está em sua terceira edição e que conta com análise do mercado imobiliário em outras 76 cidades do Brasil. Com abrangência em todos os distritos da capital paulista, ele utiliza dados de transações reais — anonimizados e não autodeclarados. O estudo é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge, afirma que a capital paulista representou um grande desafio desde o início da idealização do índice. “Sendo a maior cidade da América Latina, seus números absolutos superam, de longe, os de qualquer outra cidade brasileira. Para garantir uma análise justa e abrangente, desenvolvemos variáveis no modelo matemático capazes de equilibrar essa liderança. Ficou evidente que a capital paulista precisava de um recorte específico, e é exatamente isso que estamos lançando agora: uma visão focada que revela a demanda real em suas cinco zonas”, afirma a especialista.
Ranking no padrão econômico
A zona sul de São Paulo mantém a liderança absoluta, ocupando a primeira posição ao longo dos trimestres, sendo sustentada por altos valores em praticamente todos os indicadores econômicos. Já a zona leste segue consolidada na segunda posição. A zona norte, por sua vez, demonstra um crescimento gradual, saindo da quinta posição no terceiro trimestre de 2024 para a quarta posição no quarta posição no quarto trimestre.
1. Sul - valor - 0,817
2. Leste - valor - 0,737
3. Oeste - valor - 0,689
Ranking no médio padrão
A zona oeste continua a liderar o segmento de médio padrão. A zona sul permanece na segunda colocação, sem grandes oscilações, e se destaca principalmente pelos seus indicadores de demanda, dinâmica econômica e a atratividade de lançamentos antigos. Já a zona leste está consolidada na terceira posição, impulsionada por bons indicadores de oferta de terceiros e uma crescente atratividade de novos lançamentos.
1. Oeste - valor - 0,791
2. Sul - valor - 0,636
3. Leste - valor - 0,515
Ranking no alto padrão
A zona oeste continua a dominar o mercado de alto padrão, mantendo-se na primeira posição ao longo dos trimestres. A zona sul, por sua vez, garante stabilidade na segunda colocação. Já a zona norte apresentou valorização significativa, subindo da quinta para a quarta posição no primeiro trimestre de 2025. O estudo atribui o crescimento ao aumento na atratividade tanto de lançamentos antigos quanto novos, refletindo a crescente demanda e a transformação da região em um polo de investimentos no segmento de alto padrão.
1. Oeste - valor - 0,747
2. Sul - valor - 0,65
3. Leste - valor - 0,538
Metodologia do estudo
O modelo matemático utilizado avaliou a atratividade das cidades brasileiras para projetos imobiliários por meio de seis indicadores principais, que abrangem aspectos essenciais do mercado. Cada indicador foi ponderado por especialistas para refletir sua relevância.
As cidades são classificadas em cinco categorias de atratividade: Muito Alta, Alta, Média, Baixa e Muito Baixa, de acordo com seu score no IDI.