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29/06/2022

Valor do m² de cobertura vendida por R$ 42 milhões no Leblon é recorde para o Rio de Janeiro

Por Mariana Barbosa 

Não foi desta vez que o mercado imobiliário carioca bateu a marca dos R$ 100 mil por metro quadrado. Anunciado por um preço superior a R$ 100 mil por m², a cobertura do luxuoso prédio de seis andares que a Gafisa está construindo na orla do Leblon, o TOM Delfim Moreira, saiu por R$ 83,7 mil o metro quadrado — ainda assim, trata-se do m² mais caro já comercializado no Rio de Janeiro.  

A cobertura de 501 m² foi vendida por R$ 42 milhões pela imobiliária Lopes, conforme revelado pela reportagem do G1, o portal de notícias do grupo Globo. Procurada, a Gafisa não confirmou a informação. 

A cobertura chegou a ser anunciada por R$ 52 milhões. O valor de R$ 52 milhões equivale também ao que Gafisa pagou pelo terreno, localizado no número 558 da Av. Delfim Moreira, onde ficava a última casa da orla. 

O TOM Delfim Moreira está previsto para ser entregue no primeiro semestre de 2024. Antes dessa cobertura, o metro quadrado mais caro da cidade também estava localizado de frente para a praia do Leblon: no edifício Juan Les Pins, na Delfim Moreira, 458. 

Em dezembro de 2018, o primeiro andar no Juan Les Pins, com 560 m², foi arrematado por R$ 42,8 milhões — o que equivale a um m² de R$ 76.429. 

Foi o último imóvel vendido no edifício onde morou, na cobertura, o prefeito Marcos Tamoyo, que comandou a cidade nos anos 70. O 3º andar está à venda há dois anos — e o proprietário pede R$ 50 milhões (ou R$ 89.285 pelo m²). 

TOM e Juan Les Pins são pontos fora da curva. A média dos imóveis na Delfim Moreira é de apartamentos de cerca de 240 m². No ano passado, 27 imóveis trocaram de mão na orla do Leblon, a um preço médio de R$ 8,5 milhões, ou R$ 35.958 o m², segundo a plataforma RioM², que se baseia em dados oficiais de registros de imóveis. Este ano, ainda segundo dados da RioM², foram realizadas 3 transações na Delfim Moreira, com o m² saindo, na média, por R$ 38.866 — ou R$ 9,2 milhões.  

Em nota, a Gafisa afirmou que "não confirma e não divulga, por questões de confidencialidade, informações de seus clientes ou específicas das unidades comercializadas, seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)" 

(Matéria publicada em 28/06/2022)

FONTE: O GLOBO