O preço dos imóveis à venda no Rio de Janeiro (RJ) subiu 2,2% nos primeiros quatro meses do ano – a maior alta entre as capitais sudestinas. As informações são de estudo da Loft, startup voltada para soluções imobiliárias, que analisou 240 mil anúncios nas principais plataformas digitais em operação na cidade.
Com o aumento, o custo médio do metro quadrado no Rio subiu para R$ 9,05 mil. E essa valorização na capital carioca, por sua vez, veio na esteira da alta nos preços dos apartamentos médios.
Apartamentos ‘médios’ puxam alta no Rio
Quem puxou a alta dos preços, segundo a Loft, foram os apartamentos na divisa entre os compactos e os médios, com metragem entre 30 e 65 metros quadrados (m²). O preço por m² pedido subiu 6,37% entre janeiro e abril para esse tipo de unidade, atingindo a mediana de R$ 6,8 mil no mês passado.
Entra aqui um componente de demanda e de preços que cabem no bolso. “Essa faixa de tamanho traz um valor final interessante para o comprador, até por ser o metro quadrado mais em conta, considerando todas as faixas, mesmo com a valorização acima da média”, explicou Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft.
A faixa dos 30 aos 65 m² tem o menor preço médio entre as metragens analisadas pela Loft. Os mais caros são os studios de até 30m², que costumam ser mais valorizados pela localização em pontos estratégicos da cidade, próximo a eixos de transporte, comércio, serviços, cultura e lazer.
Os bairros com maior oferta de apartamentos médios são Cidade Universitária, Praça da Bandeira e Copacabana, nas Zonas Norte e Sul do Rio de Janeiro. Juntas, as três regiões reúnem 31% dos imóveis nessa faixa de tamanho à venda na capital.
Quais são os bairros mais caros do Rio de Janeiro?
O levantamento da Loft também mostrou a variação de preços nos 15 bairros mais valorizados da cidade. Considerando apartamentos de todos os tamanhos, as regiões que mais valorizaram foram São Conrado (2,6%) e Gávea (1,9%).
“Tanto São Conrado quanto Gávea estão localizados na Zona Sul do Rio, onde estão os bairros mais buscados para compra e venda de imóveis. A alta demanda vem atraindo construtoras e, no último ano, vimos diferentes lançamentos imobiliários em bairros já bem ocupados, como é o caso da Gávea, que ainda tem a vantagem de ter boa oferta de transporte público, afirmou Takahashi.
"São Conrado está próximo de Leblon, Ipanema e Lagoa, mas tem um valor médio de metro quadrado mais em conta, o que faz com que as pessoas interessadas em morar nesses três bairros também considerem São Conrado pelo custo-benefício. Isso é algo que impulsiona a demanda e ajuda a explicar a valorização constante”, completou.