De acordo com o Índice FipeZAP de Venda Residencial, que acompanha os preços anunciados em 56 cidades, houve alta de 0,58% no mês, resultado ligeiramente superior ao registrado em outubro (+0,54%). A variação supera a inflação brasileira medida pelo IGP-M/FGV (+0,27%) e pela prévia do IPCA-15 (+0,20%) no mesmo período.
As unidades de um dormitório tiveram o maior avanço mensal (+0,96%), reforçando uma tendência de valorização mais intensa em imóveis compactos. Já propriedades com três dormitórios apresentaram a menor variação (+0,37%). Entre as capitais, Brasília (+1,55%), Natal (+1,14%) e Manaus (+1,07%) lideraram as altas. Outras 16 capitais também registraram aumento nos preços, enquanto apenas Campo Grande (-0,14%) e Maceió (-0,20%) tiveram queda. Vitória manteve estabilidade.
Alta acumulada supera inflação no ano
No acumulado de 2025 até novembro, os preços residenciais subiram 6,22%, mais que o dobro da inflação ao consumidor no período (+3,94%, considerando IPCA + IPCA-15). A performance também contrasta com o IGP-M, que apresenta queda de 1,03% no ano.
A valorização atingiu todas as 56 cidades monitoradas, com destaque para:
Capitais como São Paulo (+4,40%) e Rio de Janeiro (+4,93%) mostraram avanços mais moderados, mas ainda acima de índices inflacionários.
Últimos 12 meses também mostram fôlego do mercado
Considerando os 12 meses encerrados em novembro, o Índice FipeZAP registra alta de 6,92%, novamente acima da inflação acumulada (+4,48%) e bem distante do desempenho do IGP-M (-0,11%).
Os imóveis de um dormitório seguem como destaque, com valorização média de +8,24% no período. Já unidades com quatro ou mais dormitórios registraram incremento mais suave (+5,59%).
Entre as capitais, Vitória novamente lidera (+18,15%), seguida por:
Nenhuma das cidades monitoradas teve queda no acumulado anual.
Preço médio de venda chega a R$ 9.585/m²
Com base na amostra de apartamentos prontos anunciados em novembro, o preço médio de venda ficou em R$ 9.585/m². Os imóveis de um dormitório apresentaram valor médio superior, de R$ 11.588/m², enquanto unidades de dois dormitórios registraram o menor preço médio (R$ 8.605/m²).
Entre as capitais, os valores mais altos foram observados em:
No outro extremo, Aracaju (R$ 5.270/m²) e Teresina (R$ 5.784/m²) mantêm os menores valores médios entre as capitais acompanhadas.
Cenário indica mercado aquecido e valorização generalizada
Portanto, os dados do FipeZAP revelam um movimento consistente de elevação dos preços residenciais no Brasil, sustentado por demanda robusta e valorização espalhada por praticamente todas as regiões. Com a alta acima da inflação tanto no acumulado do ano quanto nos últimos 12 meses, o setor imobiliário segue se destacando como um dos segmentos mais resilientes da economia brasileira em 2025.