A PDG Realty e os credores Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Banco do Brasil pediram a prorrogação até 18 de setembro do prazo para a formulação de um novo plano de recuperação judicial da empresa de construção. A partes tinham até amanhã (1/9) para apresentar à Justiça o plano reformulado.
Em petição encaminhada à 1ª Vara de Recuperações e Falências de São Paulo, a PDG afirma que, diante da complexidade da questão, que demanda inúmeras análises e projeções, "torna-se necessário maior prazo para conclusão das negociações em curso, de forma a bem tutelar os diversos direitos e interesses em jogo".
A PDG atravessa um processo de recuperação judicial com R$ 5,75 bilhões em dívidas espalhadas por 23 mil credores, sendo que a maior fatia dos passivos está nas mãos dos bancos.
No começo de agosto, a empresa e os bancos citados acima haviam pedido à Justiça permissão para seguir as negociações até 1º de setembro. Na ocasião, informaram que a empresa e os credores haviam chegado a um alinhamento em diversos pontos, que seriam detalhados e negociados nos dias seguintes.
Entre as diretrizes que vão guiar a formulação do novo plano está o consenso para exclusão do processo de todos os empreendimentos imobiliários que têm patrimônio de afetação - regra legal que separa os ativos e passivos de cada condomínio, evitando, por exemplo, que o recurso de um projeto seja usado para pagar dívidas de outro. A exclusão desses empreendimentos era a principal exigência dos bancos até aqui.
Já na metade do mês, o diretor presidente da PDG, Vladimir Ranevsky, disse que vinha mantendo conversas positivas com os bancos credores na definição das propostas que irão compor o plano de recuperação da companhia. "Continuamos conversando com os principais credores, através de reuniões periódicas, para estabelecer as propostas dentro do pré-acordo mencionado", afirmou, durante teleconferência com investidores e analistas. "As negociações estão bastante positivas", completou.