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29/08/2017

PDG e bancos mantêm disposição para consenso sobre recuperação

A intenção é que a companhia e bancos encontrem um consenso em vez de a decisão ficar nas mãos do juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falência de São Paulo, de acordo com fonte.

A PDG Realty e parte dos principais credores financeiros - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Itaú Unibanco - têm a intenção de manter as negociações na busca de definição de acordo para o plano de recuperação judicial da incorporadora, segundo o Valor apurou, mesmo se não houver consenso até sexta-feira, quando termina o prazo solicitado pelas partes. Procurada, a PDG não se manifestou.

A intenção é que a companhia e bancos encontrem um consenso em vez de a decisão ficar nas mãos do juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falência de São Paulo, de acordo com fonte.

As ações da PDG encerraram o pregão de ontem com ganho de 5,31%, a R$ 2,18 - maior cotação desde 17 de julho, quando atingiu R$ 2,23. No acumulado do mês, os papéis registram alta de 3,8%. Mais do que o desempenho do papel, chama atenção o forte volume negociado. Foram R$ 10,9 milhões, ante R$ 413,8 mil na sexta-feira. O giro deste início de semana representa o maior patamar visto no mês. Até então, a cifra mais alta em agosto havia sido registrada no dia 7, quando somou R$ 4,6 milhões.

No dia 4 de agosto, a companhia e os três bancos pediram que a data para as negociações sobre os rumos da recuperação judicial fosse estendida daquela data até 1º de setembro, mas o juiz ainda não se manifestou. PDG e bancos não decidiram ainda, segundo fonte, se farão petição para solicitar mais tempo para negociação se, até sexta-feira, não houver acordo e o juiz continuar sem se manifestar.

Independentemente de haver pleito formal, a intenção é prosseguir com as conversas. Segundo fonte, embora o Bradesco - também credor - não esteja proativo na busca de consenso com a PDG, como os demais bancos, não deverá se opor caso haja alguma definição entre a empresa e os demais.

Em junho, a PDG apresentou 38 planos de recuperação, com débitos totais de R$ 7,3 bilhões, dos quais R$ 5,75 bilhões sujeitos à reestruturação. O plano principal inclui a controladora e a maioria das 512 sociedades de propósito específico (SPEs). Cada um dos 37 planos individuais se refere a um empreendimento com patrimônio de afetação, o que levou à necessidade de negociação com os bancos.

O Valor apurou também que, praticamente, não tem havido liberação de recursos dos bancos credores para obras da PDG e que apenas suplementações esporádicas foram concedidas pelo Itaú.

FONTE: VALOR ECONôMICO