Notícias

03/09/2015

Para entidade, mercado imobiliário está “se ajustando aos poucos”

“O segundo semestre normalmente é melhor que o primeiro”, afirma o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.

A venda de 9,6 mil apartamentos no acumulado de janeiro a junho empatou com o total de lançamentos realizados no primeiro semestre. Se na segunda metade do ano, esse resultado se repetir o total ficará abaixo de 20 mil unidades.

“O segundo semestre normalmente é melhor que o primeiro”, afirma o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes. Ele acredita que dê para superar as 10 mil unidades tanto em vendas como em lançamentos nesta segunda metade do ano.

Na comparação com 2014,segundo ele, os lançamentos caíram 18%. “Nas vendas tivemos pequeno incremento”, acrescenta, ressaltando que 2014 foi um ano ruim.

O problema é na comparação com o primeiro semestre de 2013. “Lançamos45% a menos e vendemos 62% a menos”, afirma. “A situação é difícil não só para nós, outros setores também estão atravessando momento semelhante.”

Com base nos dados de sua última pesquisa, o Secovi vê o mercado imobiliário “se ajustando aos poucos” na cidade de São Paulo. Abril e maio registraram volume de vendas superior ao mesmo período de 2014, diz o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci em nota da entidade.

Com um aumento de 20% em relação a maio, foram negociados 2.588 apartamentos novos na capital em junho. A maioria (58%) é de dois dormitórios: 1.491 unidades, que registraram, em média, o valor de R$ 356 mil, de acordo com ao balanço semestral do Secovi, divulgado em agosto.

Também praticamente empataram as vendas de apartamentos de três e dois dormitórios – respectivamente com 524 e 521 unidades. Com uma diferença de 1 ponto porcentual, cada uma das tipologias respondeu por 20% do total.

No caso de quatro ou dormitórios, registrou-se a venda de 52 unidades, ou seja, apenas 2% do total comercializado.

São Paulo iniciou o segundo semestre com 27.448 apartamentos disponíveis para vendas,umareduçãode670unidades ante o mês de maio. Essa oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos, lançados nos últimos 36 meses.

Bernardes vê chance de bons negócios para o comprador. “O incremento de vendas em relação ao ano passado é fruto disso”, diz. “As pessoas começam a perceber que existem ótimas oportunidades no mercado.”

As melhores promoções estão na venda dos estoques, principalmente unidades prontas ou prestes a serem entregues.

“Os preços tiveram uma queda real em torno de 4% a 5%, em média, dependendo do produto e da região”, acrescenta, ressalvando são as facilitações oferecidas pelas empresas que estimula fechar negócio.

Lógico que o estoque mais alto, segundo o presidente do Secovi, é a razão de haver essas oportunidades. “As empresas precisam se tornar mais liquidas”, declara. “Não tem muita alternativa porque o custo de operação é grande.” Bernardes explica que as empresas fazem a conta de por quanto conseguem vender e qual é o custo de manter a unidade pronta em estoque. “Se der um desconto, já empatou, mas, para o comprador, é uma vantagem.”

 

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO