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10/08/2017

MRV espera forte alta na receita e no lucro em 2018

Em julho, a MRV lançou 3.456 unidades, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 522 milhões. Foi o melhor mês de julho da história da incorporadora, conforme o copresidente.

A MRV Engenharia tem expectativa de alta expressiva na receita líquida e do lucro líquido em 2018, como consequência da expansão esperada para lançamentos e vendas no segundo semestre e do aumento de obras. Há também expectativa, de acordo com o copresidente da companhia, Rafael Menin, que as despesas gerais e administrativas se mantenham estáveis ante os patamares atuais, sendo diluídas, portanto, em relação a patamares de receita mais elevados.

"A demanda por imóveis [no segmento de atuação da MRV, o de baixa renda] está muito grande", diz Menin. O executivo reiterou que o crescimento projetado para a companhia se baseia mais no aumento de lançamentos do que na melhora da economia.

Em julho, a MRV lançou 3.456 unidades, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 522 milhões. Foi o melhor mês de julho da história da incorporadora, conforme o copresidente.

O lucro líquido da MRV cresceu 2,3%, no segundo trimestre, para R$ 141 milhões, na comparação anual. A receita líquida aumentou 3,5%, para R$ 1,113 bilhão. Além de lançamentos recordes e vendas maiores, o resultado líquido refletiu a alta da margem bruta, que passou de 32,2% de abril a junho do ano passado, para 34%.

As despesas gerais e administrativas da MRV subiram 8,9%, para R$ 81 milhões. O Ebtida cresceu 18,2%, para R$ 191 milhões.

A MRV apresentou lucro líquido 8% maior do que a média das projeções do BTG Pactual, Bradesco, Itaú Unibanco, J.P. Morgan e Morgan Stanley, que era de R$ 130,67 milhões. A expectativa era que o lucro caísse. A receita líquida superou em 7% a média estimada, de R$ 1,037 bilhão.

No fim de junho, a alavancagem da MRV medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido ficou em 7,2%, patamar em linha com os 6,9% do encerramento do primeiro trimestre. A companhia gerou caixa de R$ 103 milhões de abril a junho.

"Com uma alavancagem tão baixa, a tendência é pagarmos dividendos um pouco mais elevados", afirma o copresidente. Questionado sobre a possibilidade de recompra de ações, o executivo diz que, ao preço atual dos papéis, os dividendos são a opção com melhor retorno para os acionistas.

Nesta semana, a Log Commercial Properties - subsidiária de propriedades comerciais da MRV - anunciou novo aumento de capital, desta vez de R$ 308 milhões, do qual a incorporadora participará com R$ 209,3 milhões. Os recursos serão destinados ao pagamento de dívidas e a investimentos em novos galpões.

Nas estimativas da MRV, em 12 meses, seu retorno será de mais do que o dobro do que aportará na Log. A incorporadora estima que o FFO (caixa gerado pelas operações) da Log terá acréscimo de R$ 36 milhões ao ano. Os aportes serão realizados em três parcelas - neste mês, em outubro e em janeiro.

FONTE: VALOR ECONôMICO