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03/08/2021

Itaú aumenta taxa do financiamento imobiliário tradicional, depois de Bradesco e Santander

Houve redução de taxa na modalidade com juros da poupança. Decisões surgem após esteira de sucessão de aumentos da Selic

O Itaú anunciou uma redução nas taxas de financiamento imobiliário na modalidade com juros da poupança. Porém, houve alta na modalidade de crédito imobiliário tradicional. As mudanças valem para novas contratações, feitas a partir do dia 5 de agosto.

Em e-mail enviado aos consumidores do banco, o Itaú afirma que a modalidade de crédito imobiliário com juros da poupança passará para 3,45% do ano mais o rendimento da poupança, que atualmente é de 70% do valor da Selic mais a variação da Taxa Referencial (TR). Anteriormente, a taxa era de 3,95% mais o rendimento da caderneta. Com a mudança, o total hoje fica em 6,43% ao ano.

Já a modalidade crédito imobiliário tradicional foi para 7,30% ao ano + TR para clientes Private e Personalitté, e para 7,80% ao ano para clientes Agências e Uniclass. A taxa anterior começava em 6,9% ao ano, com atualização do saldo devedor pela TR. Atualmente, a TR está zerada.

“O Itaú Unibanco realizará, a partir de 5 de agosto, duas mudanças em suas taxas para novos contratos de crédito imobiliário. A primeira delas é uma redução na taxa fixa do Crédito Imobiliário com Juros da Poupança, que sairá de 3,95% ao ano para 3,45% ao ano, valor que é somado ao índice de rendimento da poupança, que varia de acordo com a Selic. Nesta modalidade, é uma das mais competitivas do mercado. Além disso, o banco também fará um ajuste na taxa do Crédito Imobiliário Tradicional, que deixará de ser a partir de 6,9% ao ano + TR e será a partir de 7,3% ao ano + TR para novas contratações. O banco reforça que os contratos vigentes não sofrerão alterações”, afirmou o Itaú Unibanco em comunicado enviado ao InfoMoney.

A decisão de redução de taxa em uma modalidade de financiamento e alta em outra vem após uma esteira de aumentos da Selic nos últimos meses. A taxa básica de juros passou de 2% ao ano para 4,25% ao ano. O mercado financeiro espera um aumento de 100 pontos na Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para quarta-feira (4). Assim, a Selic iria para 5,25% do ano. A projeção é que a taxa básica de juros chegue a 7% ao ano ainda em 2021.

Com as novas altas na Selic, a modalidade de financiamento imobiliário com juros da poupança terá um reajuste para cima nos juros totais pago pelo consumidor. Caso a Selic aumentasse para 5,25%, a modalidade de crédito imobiliário com juros da poupança já passaria para um total de 7,13% ao ano.

 

Financiamento imobiliário mais caro em outros bancos

Bradesco e Santander também anunciaram recentemente uma alta em suas taxas de financiamento imobiliário. No caso do Santander, a taxa passou de 6,99% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), que está zerada atualmente, para 7,99% a.a. – essa é a única modalidade de financiamento que o banco oferece.

O Bradesco, por sua vez, elevou sua taxa de juros na modalidade atrelada à TR. Houve um aumento de 0,2 ponto percentual em todas as categorias de clientes. Agora, os juros partem 7,3% a.a. para clientes com menos relacionamento com o banco, na categoria Classic, ante 6,9% a.a. até então. Para os clientes Prime, os juros partem de 6,9%. Para os clientes Exclusive, os juros estão em 7,1% a.a. Vale lembrar que o Bradesco também possui a linha atrelada à poupança, com taxa de juro de 3,95% a.a. mais a remuneração da caderneta. 

FONTE: INFOMONEY