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18/10/2018

Incorporadoras lançaram R$ 3,7 bilhões

cios Imobiliários e Tenda lançaram, em conjunto, R$ 3,75 bilhões, no terceiro trimestre. O Valor Geral de Vendas (VGV) representa queda de 4,4% ante os R$ 3,92 bilhões que as oito incorporadoras apresentaram, em conjunto, no mesmo período do ano passado

As prévias operacionais já divulgadas apontam que Cyrela, Direcional Engenharia, Even Construtora e Incorporadora, EZTec, Gafisa, MRV Engenharia, RNI Negócios Imobiliários e Tenda lançaram, em conjunto, R$ 3,75 bilhões, no terceiro trimestre. O Valor Geral de Vendas (VGV) representa queda de 4,4% ante os R$ 3,92 bilhões que as oito incorporadoras apresentaram, em conjunto, no mesmo período do ano passado.

Desconsiderado o efeito da contabilização, no terceiro trimestre de 2017, dos R$ 650 milhões da torre B do EZTowers, vendida pela EZTec para a Brookfield, teria havido alta de 14,5% nos lançamentos.

As vendas líquidas da Cyrela, Direcional, Even, EZTec, Gafisa, MRV, RNI e Tenda caíram 19,5%, para R$ 3,061 bilhões. Sem o efeito da Torre B no mesmo período de 2017, a queda da comercialização conjunta teria sido de 13%. Das oito incorporadoras, cinco tiveram vendas menores, mas as razões para a retração variaram caso a caso.

A MRV, por exemplo, informou instabilidade no processo de repasse dos recebíveis dos clientes em São Paulo e da expansão para mais quatro estados do modelo de "venda garantida", no qual a comercialização só é registrada quando o cliente obtém o financiamento pela Caixa Econômica. A Gafisa lançou 84,7% a menos do que no terceiro trimestre de 2017, o que teve impactos nas vendas.

No acumulado de janeiro a setembro, os lançamentos das oito incorporadoras aumentaram 8,5%. A expansão chega a 17% sem os R$ 650 milhões da Torre B do EZTowers. Em nove meses, as vendas líquidas aumentaram 8,3%, para R$ 9,744 bilhões e, sem considerar a da Torre B, cresceram 16,7%%.

O mercado espera volume expressivo de lançamentos, no quarto trimestre, sobretudo na cidade de São Paulo. Neste ano, o ritmo de apresentação de projetos foi afetado pela greve dos caminhoneiros, pela Copa do Mundo e pelas eleições. Ainda, na capital paulista - maior mercado imobiliário do país -, parte dos projetos inicialmente previstos para o primeiro semestre foi adiada devido à liminar que suspendeu, por quase três meses, o direito que projetos protocolados antes de a nova Lei de Zoneamento entrar em vigor pudessem seguir as regras anteriores.

Analistas avaliam que o segmento de média e alta renda terá destaque entre os lançamentos do quarto trimestre. O entendimento é de que, se eleito, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) - à frente nas pesquisas - aprovará as reformas, com consequente retomada do crescimento econômico.

FONTE: VALOR ECONôMICO