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23/09/2022

IGMI-R apresenta variações nominais postivas nos preços dos imóveis residenciais, apesar da desaceleração no crescimento

Em agosto, o IGMI-R/ABECIP teve uma elevação de 1,32%, ligeiramente superior à registrada em julho (1,16%).

Em agosto, o IGMI-R/ABECIP teve uma elevação de 1,32%, ligeiramente superior à registrada em julho (1,16%). Apesar desse resultado na margem, a variação acumulada em doze meses continuou sua trajetória de desaceleração pelo quinto mês consecutivo, passando de 15,61% em julho para 15,14% em agosto.

Entretanto, os novos resultados de deflação nos índices de preços ao consumidor deram continuidade ao crescimento dos preços dos imóveis residenciais em termos reais no período, tanto na comparação mensal quanto na perspectiva dos acumulados em doze meses.

A desaceleração no resultado nominal acumulado em 12 meses da média nacional foi acompanhada por quatro das dez capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Porto Alegre é a única entre essas quatro capitais cujo resultado, já bem inferior ao das outras três, acabou ficando um pouco mais distante da média nacional. Por outro lado, entre as demais seis capitais que mostraram aceleração ainda na perspectiva das variações acumuladas em 12 meses entre julho e agosto, Brasília e Curitiba se destacaram por já estarem acima da média nacional, enquanto Recife e Belo Horizonte, abaixo da média nacional, mostram tendência de aproximar-se, ainda que lentamente.

Apesar de ainda não apresentar uma tendência clara, o sentimento dos empresários do setor de edificações residenciais, tal como captado pela Sondagem da Construção Civil (IBRE/FGV), oscilou positivamente em agosto, tanto no quesito de Situação Atual dos Negócios quanto do de Demanda Prevista.

 

Esse sentimento na margem parece refletir o bom desempenho dos indicadores de nível de atividade, cujo efeito sobre o mercado de trabalho aparece na continuidade de redução do nível de desocupação, que mais recentemente passou a ser acompanhada por uma elevação no rendimento médio da população ocupada. Do lado do financiamento, a elevação das taxas de juros básicas na economia brasileira não vem sendo acompanhada na mesma intensidade nas taxas cobradas por empréstimos imobiliários. Da combinação desses fatores resulta um cenário favorável à sustentação dos preços reais dos imóveis residenciais.

FONTE: ABECIP