Notícias

18/12/2015

Fitch rebaixa rating de 17 instituições financeiras

Na avaliação da Fitch, apesar da posição de capitalização relativamente confortável do sistema financeiro, assim como de índices de liquidez e provisões, a deterioração do cenário macroeconômico resultou em um ambiente operacional difícil para os bancos brasileiros na segunda metade de 2015 que deve continuar ao longo do próximo ano.

Vinícius Pinheiro 

A agência de risco Fitch rebaixou a classificação (rating) de 17 instituições financeiras brasileiras após a redução do rating soberano do Brasil de “BBB-” para “BB+”, anunciada ontem.

Entre os bancos que tiveram a nota rebaixada estão os cinco maiores em atividade no país: Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander. O rating foi mantido em perspectiva negativa, assim como o do soberano.

Na avaliação da Fitch, apesar da posição de capitalização relativamente confortável do sistema financeiro, assim como de índices de liquidez e provisões, a deterioração do cenário macroeconômico resultou em um ambiente operacional difícil para os bancos brasileiros na segunda metade de 2015 que deve continuar ao longo do próximo ano.

“As perspectivas de uma recessão econômica prolongada, as taxas de desemprego, inflação e de juros mais elevadas, e investimentos reduzidos prejudicarão o desempenho do setor e resultarão em um apetite de risco ainda mais conservador”, escreve a agência, em relatório.

A agência rebaixou a nota de cinco bancos públicos — Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste (BNB), BNDES e Caixa — de “BBB-” para “BB+”, a mesma nota do governo, perdendo o grau de investimento pela agência. O Banco Votorantim, que tem o Banco do Brasil como um dos controladores, foi rebaixado para “BB”, e o Banco Pan, controlado pela Caixa e pelo BTG Pactual, teve a classificação reduzida para “BB-”.

As notas de Bradesco e Itaú Unibanco foram reduzidas para “BBB-” e se mantiveram um degrau acima do rating soberano, em grau de investimento.

A agência rebaixou ainda o rating do Santander Brasil para de “BBB+” para “BBB”, refletindo o limite de dois degraus acima do soberano concedido a emissores que possuem controladores com rating mais elevado — caso do espanhol Santander. 

FONTE: VALOR ECONôMICO