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22/12/2021

Construtoras buscam certificações ambientais

Sistemas controlam do uso da energia nos canteiros de obras e nos prédios entregues

O setor de construção é responsável por mais de um terço do consumo global de energia e quase 40% do total de emissões de CO2, segundo a International Energy Agency (IEA ou Agência Internacional de Energia). No Brasil, construtoras avançam na obtenção de selos de sustentabilidade e de eficiência energética. Entre as ações em curso, há adoção de sistemas de controle do uso da energia nos canteiros de obras e de dispositivos como sensores de movimento para reduzir gastos com eletricidade nos edifícios entregues.

Estudos de companhias locais indicam que prédios que adotam recursos para brecar despesas com luz podem obter economia mensal de 25% na conta de energia, ante imóveis sem inovações na área.

Com mais de 40 anos de mercado, a construtora e incorporadora paulista Trisul tem escalado a adoção de medidas sustentáveis. Aderiu à certificação ambiental Aqua-HQE em 2016 e dois anos depois obteve o diploma Procel para dois empreendimentos.

O Alta Qualidade Ambiental (Aqua) é uma certificação internacional para construções sustentáveis desenvolvido a partir da marca francesa Démarche HQE (Haute Qualité Environmentale). Aplicada pela Fundação Vanzolini, foi criada em 2008 e é considerada a primeira norma brasileira para qualificação de obras do tipo. Já o Procel, estabelecido em 2014, tem como objetivo identificar edificações com as melhores classificações de eficiência energética.

“Estamos observando no detalhe todas as opções, para oferecer uma maior eficiência nos empreendimentos”, diz Roberto Júnior, diretor de engenharia da Trisul. Simulações computacionais que comparam um empreendimento convencional, sem dispositivos de contenção-- como lâmpadas eficientes, sensores de movimento e elevadores inteligentes - com uma construção sustentável, indicam que é possível obter uma economia mensal de 25% de energia.

Roberto Júnior explica que como diversas ações de eficiência energética estão incorporadas nos sistemas construtivos, a maior parte dos aportes na área é absorvida na fatura final dos projetos. “Os investimentos em sustentabilidade e eficiência energética não ultrapassam 0,8% dos orçamentos”, afirma.

Nos canteiros, a construtora usa uma plataforma on-line para o mapeamento de indicadores de uso de água, energia e de produção de resíduos. O acompanhamento acontece desde 2008 e, em 2013, a empresa passou a analisar os históricos de consumo dos projetos para aprimorar metas. É importante compilar resultados a fim de compreender os sistemas construtivos que mais usam recursos na fase de execução, ensina.

A companhia também criou um programa de sustentabilidade que prevê compra de materiais sustentáveis, reaproveita a massa respingada e utiliza água de reuso na limpeza dos canteiros.

O diretor de engenharia da Trisul afirma que o grupo deve finalizar o ano com 25 empreendimentos em processo de certificação ambiental ligada a pelo menos três selos, inseridos em alguma etapa das construções. “O plano é entregar, em média, seis empreendimentos ao ano com certificados de sustentabilidade.”

Por conta das atividades de cunho ambiental, a construtora obteve financiamento no Plano Empresário Verde do Itaú BBA, resultado de parceria do banco com a International Finance Corporation (IFC). O instrumento oferece condições especiais de crédito a empreendimentos que atingem uma economia de pelo menos 20% de água e energia.

Na incorporadora e construtora Tarjab, com 38 anos de mercado e mais de 100 empreendimentos residenciais entregues, pelo menos sete lançamentos contam com sistemas de aquecimento baseados em energia solar. A redução média estimada no consumo de energia é de 24,3%, quando comparada a obras sem soluções de economia, explica o diretor técnico Sérgio Fernando Domingues.

O executivo estima que nos último cinco anos o grupo investiu cerca de R$ 1,3 milhão em intervenções de eficiência energética. Obteve a certificação Aqua-HQE em 2017 e já entregou cinco obras com o selo.

Na opinião de Gabriel Bonansea de Alencar Novaes, gestor técnico da Fundação Vanzolini para o Programa Brasileiro de Etiquetagem de Eficiência Energética em Edifícios (PBE Edifica) e auditor da certificação Aqua-HQE, a movimentação das construtoras para garantir atestados no setor acontece por conta de um maior comprometimento ambiental e da visão de que economizar energia nos canteiros resulta no corte de gastos das operações.

Desde 2008, o selo Aqua-HQE atestou no Brasil mais de 700 edificações prontas ou em construção; 400 empreendimentos mistos, residenciais ou comerciais, e 36 mil unidades residenciais.O setor de construção é responsável por mais de um terço do consumo global de energia e quase 40% do total de emissões de CO2, segundo a International Energy Agency (IEA ou Agência Internacional de Energia). No Brasil, construtoras avançam na obtenção de selos de sustentabilidade e de eficiência energética. Entre as ações em curso, há adoção de sistemas de controle do uso da energia nos canteiros de obras e de dispositivos como sensores de movimento para reduzir gastos com eletricidade nos edifícios entregues.

 

 

Estudos de companhias locais indicam que prédios que adotam recursos para brecar despesas com luz podem obter economia mensal de 25% na conta de energia, ante imóveis sem inovações na área.

 

Com mais de 40 anos de mercado, a construtora e incorporadora paulista Trisul tem escalado a adoção de medidas sustentáveis. Aderiu à certificação ambiental Aqua-HQE em 2016 e dois anos depois obteve o diploma Procel para dois empreendimentos.

 

O Alta Qualidade Ambiental (Aqua) é uma certificação internacional para construções sustentáveis desenvolvido a partir da marca francesa Démarche HQE (Haute Qualité Environmentale). Aplicada pela Fundação Vanzolini, foi criada em 2008 e é considerada a primeira norma brasileira para qualificação de obras do tipo. Já o Procel, estabelecido em 2014, tem como objetivo identificar edificações com as melhores classificações de eficiência energética.

 

“Estamos observando no detalhe todas as opções, para oferecer uma maior eficiência nos empreendimentos”, diz Roberto Júnior, diretor de engenharia da Trisul. Simulações computacionais que comparam um empreendimento convencional, sem dispositivos de contenção-- como lâmpadas eficientes, sensores de movimento e elevadores inteligentes - com uma construção sustentável, indicam que é possível obter uma economia mensal de 25% de energia.

 

Roberto Júnior explica que como diversas ações de eficiência energética estão incorporadas nos sistemas construtivos, a maior parte dos aportes na área é absorvida na fatura final dos projetos. “Os investimentos em sustentabilidade e eficiência energética não ultrapassam 0,8% dos orçamentos”, afirma.

 

Nos canteiros, a construtora usa uma plataforma on-line para o mapeamento de indicadores de uso de água, energia e de produção de resíduos. O acompanhamento acontece desde 2008 e, em 2013, a empresa passou a analisar os históricos de consumo dos projetos para aprimorar metas. É importante compilar resultados a fim de compreender os sistemas construtivos que mais usam recursos na fase de execução, ensina.

 

A companhia também criou um programa de sustentabilidade que prevê compra de materiais sustentáveis, reaproveita a massa respingada e utiliza água de reuso na limpeza dos canteiros.

 

O diretor de engenharia da Trisul afirma que o grupo deve finalizar o ano com 25 empreendimentos em processo de certificação ambiental ligada a pelo menos três selos, inseridos em alguma etapa das construções. “O plano é entregar, em média, seis empreendimentos ao ano com certificados de sustentabilidade.”

 

Por conta das atividades de cunho ambiental, a construtora obteve financiamento no Plano Empresário Verde do Itaú BBA, resultado de parceria do banco com a International Finance Corporation (IFC). O instrumento oferece condições especiais de crédito a empreendimentos que atingem uma economia de pelo menos 20% de água e energia.

 

Na incorporadora e construtora Tarjab, com 38 anos de mercado e mais de 100 empreendimentos residenciais entregues, pelo menos sete lançamentos contam com sistemas de aquecimento baseados em energia solar. A redução média estimada no consumo de energia é de 24,3%, quando comparada a obras sem soluções de economia, explica o diretor técnico Sérgio Fernando Domingues.

 

O executivo estima que nos último cinco anos o grupo investiu cerca de R$ 1,3 milhão em intervenções de eficiência energética. Obteve a certificação Aqua-HQE em 2017 e já entregou cinco obras com o selo.

 

Na opinião de Gabriel Bonansea de Alencar Novaes, gestor técnico da Fundação Vanzolini para o Programa Brasileiro de Etiquetagem de Eficiência Energética em Edifícios (PBE Edifica) e auditor da certificação Aqua-HQE, a movimentação das construtoras para garantir atestados no setor acontece por conta de um maior comprometimento ambiental e da visão de que economizar energia nos canteiros resulta no corte de gastos das operações.

Desde 2008, o selo Aqua-HQE atestou no Brasil mais de 700 edificações prontas ou em construção; 400 empreendimentos mistos, residenciais ou comerciais, e 36 mil unidades residenciais.

FONTE: VALOR ECONôMICO