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19/10/2020

Construtora Tenda tem melhor trimestre de sua história, diz Credit Suisse

Segundo o banco, forte desempenho operacional é resultado dos ganhos de participação de mercado, impulsionados também por investimentos realizados na frente digital

O Credit Suisse afirmou que a construtora Tenda apresentou seu melhor desempenho operacional da história no terceiro trimestre, em todas as frentes, estabelecendo novos patamares de volume lançado, receita líquida e transferência de recebíveis da Caixa.

Segundo o banco, esse forte desempenho operacional é resultado dos ganhos de participação de mercado, impulsionados por investimentos realizados na frente digital, ganhos de escala, reconhecimento de marca, e as melhores condições de financiamento pela Caixa, como o período de carência para novas aquisições.

“Esperamos que isso continue no curto prazo, mas, possivelmente, em um ritmo mais lento conforme as condições competitivas se normalizem”, diz o banco.

O banco manteve a recomendação neutra e preço-alvo em R$ 37. As ações estão em alta de 1,93% a R$ 30,69.

Os lançamentos aumentaram 29% no trimestre na comparação anual e 56% na trimestral, para R$ 984 milhões, levando o volume acumulado no ano para R$ 1,8 bilhão, uma alta de 2%. Quanto às vendas, a receita líquida atingiu R$ 742 milhões, uma alta de 38% em base anual e de 29% na trimestral.

O Credit também destacou que as vendas no segmento de baixa renda estão crescendo. “A Tenda, junto com os outros players de baixa renda, está claramente desfrutando de um momento que não vimos antes no Brasil, com vendas trimestrais continuamente quebrando recordes”, diz o relatório assinado pelos analistas Vanessa Quiroga, Daniel Gasparete e Pedro Hajnal.

Segundo o banco, a demanda resiliente e aquecida por apartamentos de baixa renda no Brasil fez com que as construtoras acelerassem seu ritmo de lançamento para aproveitar os ventos favoráveis deste bom momento sem precedentes. Durante o 3T20, a Tenda lançou R$ 984 milhões em novos projetos, uma alta de 29% na comparação anual e 56% na trimestral.

Como a maioria dos lançamentos foi concentrada em São Paulo (50% do volume total), o preço médio unitário aumentou 12% ante o segundo trimestre, o que deve ser acompanhado à frente por se tratar de um setor que depende de margem e penetração de mercado para o crescimento.

O Credit afirmou que com as fortes vendas e altas transferências de financiamentos reportadas neste trimestre, parece provável que a Tenda apresentará geração de caixa recorde para o período.

“Embora a demanda tenha se mostrado aquecida e ainda haja espaço para ganho de participação de mercado de players menores no setor, não podemos descartar a pressão de custos que o setor de construção civil pode enfrentar pela frente, o que poderia prejudicar as margens”, completa.

FONTE: VALOR ECONôMICO