Com a maior concentração populacional do país, São Paulo também é o estado com o maior déficit habitacional, seja em decorrência de habitações precárias ou do ônus excessivo com aluguel urbano. Nesse cenário, o governo estadual decidiu investir R$ 3,5 bilhões para turbinar os subsídios para os financiamentos habitacionais e, assim, melhorar o acesso à moradia.
Resultado dessa política, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) elevou em 53% a entrega de habitações, totalizando 10.941 unidades, além de outras 32.742 residência com obras iniciadas. Os números serão anunciados nos próximos dias.
Essa alta aconteceu em meio à decisão do governo de São Paulo de conceder mais descontos em taxas já subsidiadas de programas habitacionais.
De um total de 269 mil contratos ativos da CDHU em dezembro de 2024, 101 mil (38%) tiveram subsídio extra, correspondendo a 36,5% do valor do conjunto das prestações devidas.
Os subsídios são concedidos às famílias de baixíssima renda que não reúnem as condições para o acesso aos financiamentos imobiliários da CDHU, que já possuem taxas menores que as do mercado.
Pelas regras da companhia de desenvolvimento habitacional, o comprometimento da renda familiar mensal com a compra do imóvel não pode ultrapassar 20%.
O valor do subsídio extra é a diferença entre o valor devido e esse montante, aplicado mensalmente às prestações de cada beneficiário.
Em uma média de R$ 180 mil por casa ou apartamento da CDHU, o subsídio é necessário para complementar o financiamento de famílias que ganham até 2,2 salários mínimos.