O mercado imobiliário está sempre buscando novas fronteiras para oportunidades de negócios. A próxima delas pode estar no centro do Rio de Janeiro, uma região onde há milhares de imóveis com valor histórico que poderiam ser recuperados – o chamado retrofit – e transformados em novos empreendimentos.
Mas uma quantidade enorme deles está em processo de deterioração, abandonados por problemas legais ou disputas familiares. A Câmara dos Vereadores fez uma audiência em 24 de abril para tratar do tema, e tudo indica que pode haver uma solução – se a cidade seguir uma receita conhecida, que já foi aplicada em diversas cidades européias e mesmo brasileiras.
O mercado imobiliário está sempre buscando novas fronteiras para oportunidades de negócios. A próxima delas pode estar no centro do Rio de Janeiro, uma região onde há milhares de imóveis com valor histórico que poderiam ser recuperados – o chamado retrofit – e transformados em novos empreendimentos.
Mas uma quantidade enorme deles está em processo de deterioração, abandonados por problemas legais ou disputas familiares. A Câmara dos Vereadores fez uma audiência em 24 de abril para tratar do tema, e tudo indica que pode haver uma solução – se a cidade seguir uma receita conhecida, que já foi aplicada em diversas cidades européias e mesmo brasileiras.
A questão veio à tona recentemente por causa de dois desabamentos de casarões, no início do ano, nas ruas Senador Pompeu e Mem de Sá.
259 imóveis com risco
A situação fez com que um assunto já conhecido – e que ninguém enfrentava – voltasse a ganhar atenção. Na audiência na Câmara, a subprefeitura do centro divulgou que há pelo menos 259 imóveis com risco semelhante de desabamento nas áreas do Reviver Centro, Reviver Cultural e Porto Maravilha.
O Instituto Cultural Patrimônio da Humanidade (IRPH) explicou que vistoriou 1.300 imóveis desde os desabamentos, pretende chegar a 6 mil, e, então, propor a inclusão de parte deles no APAC, um programa que oferece verbas a fundo perdido para recuperação de imóveis históricos.
Em uma sinalização mais relevante para o mercado imobiliário, o superintendente de habitação da Caixa Econômica Federal, Claudio Martins, anunciou que os imóveis do centro do Rio poderão ser habilitados a receber uma linha de crédito especial, que já existe a nível nacional, para projetos de retrofit.
Revitalização
Além disso, o vereador Pedro Duarte (Novo) propôs a adoção de uma série de mudanças no arcabouço legal para facilitar a revitalização do centro, como revisão das alíquotas do IPTU e incorporação de imóveis com grandes débitos na dívida ativa.
O caminho seguido pelo Rio pode ser o mesmo que vem sendo aplicado há alguns anos no centro de São Paulo, com resultados bastante efetivos.
Na cidade foi oferecida isenção de IPTU, ISS e ITBI , além de descontos em diversas taxas, em uma área do centro considerada mais crítica. As medidas atraíram empreendimentos que já somam 75.500 apartamentos em novos prédios.
O número de empresas na região cresceu 40% no pós-pandemia. E um programa batizado de Requalifica Centro já deu origem a 21 projetos de retrofit de edifícios históricos, sendo 4 comerciais e 17 residenciais, somando quase 2.000 apartamentos.
Uma oportunidade de negócios que está sendo aproveitada por empresas como a Planta Inc, especializada em retrofit, que já soma 2,7 bilhões de reais em capex de projetos na região, indo das faixas de luxo até habitação popular, e tem como meta entregar 35 mil m2 por ano.