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13/01/2021

Alvarás de construção batem recorde, informa Abrainc

Houve crescimento de 8,3% nas concessões feitas pela Prefeitura de São Paulo durante o ano passado, totalizando 984

O número de alvarás concedidos para a construção de novos empreendimentos verticais, na capital paulista, chegou ao recorde de 984 no ano passado. Significou um crescimento de 8,3%, segundo informações da Prefeitura de São Paulo, compiladas pela Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

 

Para este ano, segundo Luiz Antonio França, presidente da Abrainc, há expectativa de novo recorde de alvarás, puxado por projetos dos padrões médio e alto, assim como ocorreu em 2020. Com a vacina e a perspectiva de volta do crescimento da economia, a expansão irá se acelerar”, afirma França ao Valor.

Na avaliação do presidente da Abrainc, à medida que a vacinação contra a covid-19 for realizada, haverá retomada da economia, com reorientação da curva de emprego”. O maior temor da perda de emprego já ocorreu”, segundo ele.

O Indicador Antecedente do Mercado Imobiliário indica a atividade construtiva de lançamentos previstos pelas incorporadoras. A leitura é que o mercado imobiliário está realmente forte e vai continuar a crescer”, diz o presidente da Abrainc. A série histórica do indicador tem 20 anos.

No quarto trimestre, a concessão de alvarás aumentou 4,1%, na comparação anual, para 218.

Nos primeiros meses da pandemia de covid-19, potenciais compradores de imóveis dos padrões médio e alto ficaram em compasso de espera. Em seguida, retomaram as aquisições. O fato de as pessoas passarem mais tempo em casa também gerou mais uma onda de compradores”, diz França.

Juros baixos e disponibilidade de crédito imobiliário estimularam a demanda e, consequentemente, a decisão das incorporadoras de lançar empreendimentos.

 

Por regiões, o indicador apontou crescimento de 55,6% do número de alvarás concedidos para projetos no Centro; alta de 29,1%, na zona Norte, e de 10,6% na zona Leste. Nas zonas Oeste e Sul, porém, foram registradas quedas de 20,5% e 4%, respectivamente.

 

FONTE: VALOR ECONôMICO