Poupadores que perderam rendimento nas poupanças por mudanças dos planos econômicos das décadas de 80 e 90 voltam à mesa de negociações nesta segunda-feira (4) com bancos e a Advocacia-geral da União (AGU).
Um dos pontos que serão discutidos na reunião é a abrangência do acordo sobre as indenizações por causa das perdas. A expectativa do governo é que o acordo seja assinado após a reunião.
Quando anunciou o acordo entre bancos e poupadores, na semana passada, a ministra Grace Mendonça, da AGU, disse que alguns pontos da proposta ainda estavam em aberto.
Além da abrangência sobre quem terá direito a receber – se somente os poupadores que entraram com ações na Justiça ou se todos que consigam comprovar os depósitos - , também estava sendo fechado o valor do desconto que seria dado ao valor devido pelos bancos e o prazo para pagamento.
O acordo deve encerrar quase um milhão de processos que tramitam há anos na Justiça referentes aos planos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2.
Depois de assinado, o acordo ainda precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O pagamento só será feito após essa homologação.
Plano Collor - O caso mais complexo é o gerado pelo plano Collor. O pacote de 15 de março de 1990 determinou que as quantias superiores a 50 mil cruzados novos depositadas em contas de poupança fossem bloqueadas e remetidas ao Banco Central.