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29/01/2021

Setor imobiliário se prepara para crescimento em 2021

Novas tendências de consumo e manutenção dos juros baixos devem contribuir para a expansão do mercado

Quando a pandemia do novo coronavírus foi decretada, em março de 2020, acreditou-se que o setor imobiliário seria um dos mais afetados pela crise financeira. No entanto, o que se viu foi o contrário. Houve um significativo crescimento na procura por imóveis, impulsionado, principalmente pelo advento do home office – e pelo consequente aumento do tempo que as pessoas passam em casa.

Com a alta da modalidade de trabalho home office, e a necessidade de se manter o isolamento social, as residências precisaram se adequar para servir de moradia, local de descanso e de lazer e como ambiente de trabalho.

Segundo Jeferson Gralha, especialista em transações e administração de negócios imobiliários e diretor da Gralha Imóveis, o fato de as pessoas ficarem mais tempo em casa fez com que percebessem novas necessidades com relação ao espaço, conforto, silêncio, privacidade, posição solar, estruturas de lazer, etc.

Aumento da demanda por imóveis maiores e o processo de descentralização

Por algumas décadas, vimos a redução dos espaços residenciais, principalmente nos grandes centros, onde o ritmo de vida agitado fazia com que pequenos apartamentos e estúdios servissem apenas para dormir.

No pós-pandemia, muitas empresas passarão a adotar o home office como modelo de trabalho, e com a perspectiva de que a vida volte ao “normal” somente no próximo ano, as casas e apartamentos com mais espaço, que sirvam como refúgio e permitam a realização de diferentes atividades com conforto e segurança, passaram a ser mais procurados.

 

A relação com o tempo também foi alterada durante a pandemia: se não há a necessidade de se deslocar diariamente para o trabalho, é possível morar em bairros mais afastados do Centro.

Assim surgiram as principais tendências desse momento: a busca por imóveis mais espaçosos, com área de lazer, e que possam ser usados como home office, e em espaçosos, em bairros menos centrais.

"As mudanças de hábitos geraram novas necessidades, algumas delas com relação à moradia. Isso explica a crescente procura por imóveis mais adequados aos novos formatos de vida. Antes, as pessoas priorizavam o tempo – principalmente o tempo gasto no deslocamento entre a casa, o trabalho e a escola dos filhos. Com a consolidação do home office, essas pessoas puderam escolher morar em bairros mais distantes da região central, principalmente nas praias. Cacupé, Praia Brava e Jurerê são alguns dos bairros mais procurados, atualmente, em Florianópolis", afirma Jeferson Gralha.

As mudanças de hábitos e de atitudes impulsionadas pela pandemia fizeram com que os consumidores ficassem ainda mais exigentes e criteriosos, prezando pela qualidade dos produtos e dos serviços e valorizando o bem-estar e a qualidade de vida.

Serviços especializados e excelência em atendimento

Para melhor atender a esse novo perfil de clientes, construtoras e imobiliárias precisaram se adequar. Jeferson Gralha explica que, como a procura por imóveis cresceu rapidamente em 2020, mesmo enquanto as visitas físicas não eram viáveis, foi preciso adotar novas estratégias.

"Com as pessoas passando mais tempo em casa, percebemos que nossos anúncios passaram a dar mais resultados. Rapidamente, readequamos as ações das equipes de vendas. O atendimento virtual ganhou espaço, passamos a fazer reuniões com potenciais clientes e apresentamos os produtos de forma online; com visitas teleguiadas, nas quais o corretor mostra o imóvel em tempo real, em chamada por vídeo", destaca Jeferson.

Com o constante aprimoramento da equipe e investimentos na relação com os clientes, a Gralha Imóveis pôde comemorar um aumento de 33% nas vendas, batendo o próprio recorde pelo segundo ano consecutivo.

"Nossa estratégia é voltada, principalmente, para a preparação interna da equipe de vendas, para conseguir suprir a crescente demanda de um público exigente. Queremos ser referência e nos destacar no mercado pela excelência em atendimento. Para que sejamos escolhidos não somente pelos produtos que oferecemos, mas pela qualidade do serviço prestado", declara o empresário.

Por conta da valorização dos imóveis e do aumento da demanda, e em função dos lançamentos a partir do segundo trimestre, a Gralha Imóveis prevê um crescimento de 50% em 2021.

Imóveis são uma ótima opção de investimento em 2021

Assim como em 2020, um dos fatores que deve contribuir para a manutenção do crescimento do mercado imobiliário é a taxa de juros, que deve se manter num patamar bastante baixo. Gralha acredita que, para investimentos, o mercado imobiliário é a bola da vez. Ele garante que o setor nunca esteve tão atrativo.

"A partir do momento em que temos uma taxa de juros em torno de 2%, basta enxergar um potencial de valorização de qualquer imóvel na ordem de 5%, que falamos em mais que o dobro de rentabilidade da renda fixa. O imóvel é, sim, um ativo que não pode ser negligenciado. Temos o aumento da procura, e uma oferta ainda baixa, pois não temos perspectivas de lançamentos em quantidade, pelo menos em Florianópolis, durante o primeiro trimestre. Somado a isso, há a crescente vontade das pessoas de se mudarem, o que aumenta ainda mais a demanda", explica o especialista em negócios imobiliários.

Ou seja, para quem deseja rendimento maiores que os fundos de renda fixa sem correr os riscos de investir na bolsa, o investimento em imóveis – tanto para o aluguel quanto para a revenda – é um excelente negócio!

"A expectativa de escassez de imóveis gera valorização. Trabalhando na pior hipótese, de 5% de crescimento, se comparado à taxa Selic, estamos falando de mais do que o dobro dos rendimentos. E há, ainda, o potencial de locação que, hoje, nos dá algo em torno de 0,5% ao mês de retorno. Além de o imóvel ser um ativo com potencial de renda futura com retorno acima da taxa de juros básica, ainda se têm os juros mensais com a locação, que também é um mercado com grandes perspectivas para 2021", complementa Gralha.

Para os próximos anos, o mercado continua otimista, pois a tendência de valorização em função da alta demanda é constante e, com a provável recuperação da economia e o aumento do poder de compra dos consumidores o setor deve se manter aquecido.

FONTE: G1