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10/10/2018

Setor imobiliário pede clareza em propostas econômicas de Bolsonaro e Haddad

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, disse estar seguro de que as reformas serão levadas adiante por qualquer um dos candidatos

Os empresários do setor da construção esperam dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) que demonstrem mais clareza em suas propostas na esfera econômica durante o segundo turno, principalmente em temas como as reformas tributária e da previdência, além das medidas para incentivo ao mercado imobiliário.

 “Esperamos que os candidatos sejam capazes de apresentar suas agendas de forma clara, para restabelecer a confiança da sociedade brasileira e da indústria imobiliária”, afirmou o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Amary, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. “A confiança ficou perdida nos últimos anos diante das incertezas políticas e da volatilidade econômica”, completou.

Amary lembrou que o presidente Michel Temer citou que pretende buscar a aprovação da reforma da previdência ainda neste ano, em votação no Congresso após as eleições, o que, na sua opinião, deveria ter o apoio de Bolsonaro e Haddad. “É importante que ambos os candidatos declarem que gostariam que isso foi feito”, defendeu o dirigente. “Não precisa esperar o início do novo mandato”, emendou.

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, disse estar seguro de que as reformas serão levadas adiante por qualquer um dos candidatos. “O Brasil ficará ingovernável sem o reequilíbrio das contas públicas. Não é questão de candidato A ou B. O País depende disso”, frisou.

França disse também que espera andamento nas discussões para aprovação do projeto de lei que regulamente os distratos. O projeto já foi aprovado na Câmara e aguarda votação no Senado. “Ambos os candidatos entendem que o problema do distrato é associado ao da insegurança jurídica. Acredito que isso estará na agenda de qualquer um deles. Sem isso, o setor não conseguirá ajudar na retomada da geração de emprego”, apontou França.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO