O mercado imobiliário de Bagé não sentiu os reflexos da crise econômica que assolou o Brasil em 2015, trazendo perdas para diversos segmentos.
Em Bagé, alguns representantes de empresas especializadas em aluguel e venda de imóveis atestam que o balanço dos negócios não é negativo como em outras cidades brasileiras. Conforme o empresário José Walter Lopes, a cidade está vivendo uma particularidade diferente da que acontece no resto do país e que tem provocado quedas no setor imobiliário. “Nós estamos vivendo uma grande diversificação econômica. É uma situação que nunca vivemos antes. Nem nos tempos das charqueadas, quando foi o auge da economia local. Naquela época, tínhamos como produto apenas o charque e alguns poucos produtores; hoje, nós temos a cultura da soja com grande força, entre outras iniciativas que movimentam a economia local”, afirma Lopes que reitera: “Há uma crise real no Brasil, mas em Bagé ainda não estamos com esse cenário. No que se refere a locações de imóveis, os negócios estão ocorrendo. Não sentimos queda nessa busca. Os valores também estão no mesmo nível”, indica o empresário.
Já o empresário Marcel Pons de Macedo Silva destaca que, no geral, houve uma pequena retração nas negociações feitas no ano passado, porém sem se comparar com o que se apresentou em outras cidades do país. “Bagé é uma cidade polo. Há, tradicionalmente, em relação a alugueis, uma grande procura nos primeiros meses do ano, estabelecendo-se a demanda normal a partir de junho, julho. Aspectos como a instalação da Unipampa favorecem para que a procura por imóveis se mantenha efetiva na cidade”, salienta Silva.