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09/11/2017

Setor de máquina para construção deverá ter pior ano desde 2007

"Uma conjunção de fatores [causou a crise prolongada no setor]. Os juros ficaram altos e os bancos deixaram de financiar.

A venda doméstica de equipamentos usados na construção e na mineração, como escavadeiras, deverá encerrar 2017 com uma queda de 9% no acumulado do ano, segundo a Sobratema (do setor).

Será a quarta retração anual consecutiva de máquinas da chamada linha amarela, segundo Eurimilson Daniel, vice-presidente da entidade.

"O mercado recuou mais de dez anos. Em 2007, as vendas somavam quase 11 mil equipamentos. A expectativa é que 2017 seja o rescaldo da crise, e que, no ano que vem, tenhamos crescimento, estimado em 8%", diz ele.

"Uma conjunção de fatores [causou a crise prolongada no setor]. Os juros ficaram altos e os bancos deixaram de financiar. Os donos das máquinas as colocaram à venda, o que rebaixou muito os preços de seminovos."

A unidade de equipamentos para construção da Case projeta uma retração de 10% neste ano, mas os resultados no segundo semestre já demonstram melhora, afirma Carlos França, à frente da divisão no país.

"A nossa previsão é de crescimento de 5% a 10% em 2018, alinhada à do setor."

Para mitigar os prejuízos do mercado interno, a Case aumentou o número de países que recebem os produtos produzidos no Brasil e passou a exportar para Rússia, Índia, Tailândia e Austrália.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO