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24/11/2020

Setin prevê mais do que dobrar de tamanho e não se assusta com alta dos juros

A incorporadora paulistana Setin espera atingir em 2021 o mesmo patamar recorde de lançamentos e vendas que registrou em 2013

A incorporadora paulistana Setin espera atingir em 2021 o mesmo patamar recorde de lançamentos e vendas que registrou em 2013, véspera da crise econômica que devastou o setor imobiliário nos anos seguintes. Uma das mais antigas na cidade de São Paulo e uma das maiores sem ações negociadas na Bolsa, a companhia espera lançar empreendimentos com valor geral de vendas avaliado em R$ 1,1 bilhão no próximo ano. Se confirmado, representará crescimento de 175% em comparação com os R$ 400 milhões deste ano.

Suave… O fundador e presidente do grupo, Antonio Setin, diz estar otimista com a taxa de juros baixa, que estimula a compra de imóveis para moradia e investimentos. Em sua avaliação, o viés de alta da Selic não assusta. A projeção de economistas para a Selic no fim de 2021 passou de 2,75% para 3% ao ano, com as preocupações com a inflação, de acordo com o mais recente Boletim Focus, do Banco Central.

 

 Na nave. Segundo Setin, mesmo se for a 3% no ano que vem, continua sendo uma taxa básica em nível bom e abaixo da inflação. “Se for 3%, 4% ou 5%, não muda a percepção de que a taxa ainda é positiva para o mercado imobiliário”, diz. O setor surfou uma forte alta nas vendas nos tempos em que a taxa foi artificialmente reduzida para cerca de 7%, no governo Dilma.

Pensando longe. Setin afirma que, se o governo for capaz de avançar nas reformas e controlar o déficit fiscal, o País poderá ter um longo período de bonança e juros baixos. Por consequência, o mercado imobiliário (dependendo de financiamento) poderá ter peso crescente no Produto Interno Bruto (PIB).

Preparativos. Para 2021, os lançamentos da Setin serão nos bairros nobres ou “semi-nobres”, segundo o empresário, como Brooklyn, Pinheiros e Ipiranga. Os apartamentos serão, na maioria, de dois a quatro dormitórios, negociados entre R$ 500 mil e R$ 1,5 milhão. Com a pandemia e a maior procura por residências maiores, haverá menos lançamentos de estúdios.

FONTE: CORREIO BRASILIENSE