A taxa básica de juros do brasil, a selic, em seu menor nível histórico e em rota de queda, deve impulsionar o mercado de certificados de recebíveis imobiliários (cris) e, por consequência, o de fundos imobiliários - aponta alessandro vedrosi, sócio da valora investimentos, e felipe solzki, diretor associado do btg pactual.
CRIs são títulos emitidos por companhias securitizadoras para, como o nome já diz, financiar atividades do setor imobiliário - confira aqui o beabá completo desse investimento.
Essas securitizadoras convertem dívidas (duplicatas, cheques, notas promissórias) em um título negociável e com lastro, ou seja, uma garantia (imóveis, maquinário, etc) de valor equivalente ao título.
Na prática, as securitizadoras fazem o intermédio para o investidor emprestar dinheiro para empresas do setor imobiliário, para que elas desenvolvam suas atividades. Em troca, você recebe o valor mais juros, após o período estipulado no momento da aplicação.
Segundo os gestores, as empresas do setor imobiliário devem substituir os financiamentos via banco - que já terão taxas mais baixas devido a selic menor - por emissão de cris, que terão juros ainda mais baixos.
Com o aumento no número de emissões de cris, os fundos imobiliários que investem em papel - dívida do setor imobiliário - terão mais opções para diversificar seus aportes.
“a indústria imobiliária como um todo vai crescer bastante, o que atrai demanda para investimento no produto e leva ao crescimento do mercado de crédito privado, que é um pedaço importante do setor”, disse alessandro vedrosi em evento do banco modalmais.
Felipe solzki também vê ambiente propício ao aumento de emissões de cris, porém, com retornos menores devido à baixa taxa de juros.