Apesar do ritmo mais contido no mês, o acumulado em 12 meses avançou de 11,36% até maio para 11,73% até junho, mostrando que a valorização no mercado imobiliário segue consistente. O desempenho supera com folga a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, que ficou em 5,35% no mesmo período.
Entre as capitais monitoradas, Brasília registrou o maior aumento mensal em junho, com alta de 2,11%, seguida por Curitiba (1,67%), Porto Alegre (1,45%) e Belo Horizonte (1,24%). São Paulo, principal mercado imobiliário do país, teve alta de 1,21% no mês — abaixo dos 1,68% registrados em maio — e acumula valorização de 12,80% em 12 meses.
Já Salvador lidera o ranking de valorização no acumulado do ano, com avanço de 18,76%. Em seguida aparecem Curitiba (13,99%), Fortaleza (12,39%) e Belo Horizonte (12,36%). Por outro lado, Recife (4,77%) e Brasília (4,59%) apresentaram os menores crescimentos no período.
No primeiro semestre de 2025, o IGMI-R nacional acumula uma alta de 6,02%. Embora o índice esteja um pouco abaixo dos 6,96% registrados no mesmo período de 2024, o resultado é significativamente superior aos 3,44% verificados no primeiro semestre de 2023.
Segundo a Abecip, a valorização dos imóveis reflete uma combinação de fatores como a escassez de lançamentos, a tentativa das construtoras de recompor margens e mudanças no perfil da demanda. O custo da construção (INCC) permanece estabilizado em torno de 7%, pressionado pelos preços da mão de obra e de insumos.
A entidade também destaca que o comportamento dos preços dos imóveis vem se descolando da trajetória da inflação. A diferença entre a alta de 11,73% do IGMI-R e os 5,35% do IPCA evidencia que o setor imobiliário segue uma dinâmica própria, menos sensível à desaceleração do restante da economia.
Para a Abecip, o cenário atual confirma uma valorização consistente dos imóveis residenciais em 2025, sinalizando que o setor mantém um ciclo de crescimento mesmo diante de um ambiente econômico mais moderado.