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01/07/2015

Rio teve maior desvalorização no valor médio do imóvel para venda

Imóveis de alto padrão continuam sendo um nicho que não sofre com as quedas do mercado.

Levantamento realizado pelo portal O VivaReal, com análises referentes a indicadores do setor imobiliário no segundo trimestre de 2015. Neste período, a amostra contemplou 30 cidades em diferentes regiões do país e considerou mais de 3 milhões de imóveis usados disponíveis para compra ou aluguel. Entre os mercados estudados, Natal (+4,59%), Fortaleza (+3,24%), Joinville (+2,17%), Goiânia (+2,12%), Niterói (+2,08%) e Sorocaba (+2,04%) apresentaram valorização real para venda no período - acima do IPCA acumulado para o segundo trimestre de 2015 (2,01%).

O índice também teve como destaque a desvalorização do preço nos dois mercados com maior valor por m² no país, Rio de Janeiro (- 3,64%)e Brasília (-1,50%).

- Apesar da desaceleração do mercado e do crescimento dos preços abaixo da inflação na maioria das cidades, percebemos que o desenvolvimento do mercado imobiliário continua acontecendo em diversas regiões, impulsionado por questões microeconômicas. É o caso do Itaim Paulista em São Paulo, beneficiado pelo Rodoanel, e de Marechal Hermes, no Rio, bairro localizado próximo a Deodoro, que será sede de competições nas Olimpíadas - pontuou Lucas Vargas, vice-presidente-executivo do VivaReal, sobre as altas de +19,11% e +9,59%, respectivamente.

No segundo trimestre do ano, apenas cinco cidades apresentaram valorização real no preço por m² para aluguel - IGP-M acumulado de 1,88%. Em primeiro lugar ficou Fortaleza com +3,70% de valorização, seguida por Brasília (+3,66%), Natal (+2,56%), Curitiba (+2,14%) e Goiânia (+2,03%). Quando analisamos as cidades mais desvalorizadas, João Pessoa se destacou com queda de 6,10% seguida por Londrina (-3,90%), Rio de Janeiro (-3,63%) e Vila Velha (-2,84%). ?Com as mudanças recentes nas regras de financiamento para imóveis usados pela Caixa Econômica Federal a expectativa é que houvesse aumento da demanda por imóveis para aluguel e, consequentemente, alta nos preços. Porém, o que observamos no último trimestre é justamente o contrário, o que nos permite concluir que o brasileiro segue em busca do sonho da casa própria?, comenta Vargas.

O índice DMI-VivaReal também apontou um desalinhamento entre a oferta e a demanda por imóveis, sendo o destaque a relação por faixa de preço.

Mercado de luxo vai na contramão da crise - Imóveis de alto padrão continuam sendo um nicho que não sofre com as quedas do mercado. Os chamados Triple A são uma eterna aposta do segmento. No mercado imobiliário brasileiro esse modelo de imóvel resiste ao tempo e à instabilidade da economia

Esse público-alvo pode exigir e pagar por isso. O segmento ganhou nova vida com as inovações que os novos empreendimentos apresentam. Daí, o ciclo se renova: o público exige novidades, os empreendedores apresentam unidades cada vez mais modernas - e caras - e, mesmo assim, com risco zero de "empacar". É um tipo de imóvel geralmente é bem localizado, não tem menos de 400 m² e dispõe dos mais modernos equipamentos e novas tecnologias.

A oferta restrita - que favorece a manutenção da demanda - é um dos pontos que estimula o mercado de luxo, segundo especialistas. Mesmo depois do boom imobiliário, este mercado não teve excesso de oferta, como ocorreu com os segmentos de dois e três dormitórios, de até 100 m². Isso fez com que as unidades de alto padrão continuassem sendo atendidas de acordo com a procura.

O investimento em imóveis de luxo não é tão sensível às crises econômicas, pois seus consumidores têm um patrimônio formado, dependendo menos do crédito imobiliário. Essa maior independência em relação ao crédito faz com que o número de distratos no segmento também seja menor, garantindo a liquidez dos empreendimentos. 

FONTE: MONITOR MERCANTIL - RIO DE JANEIRO/RJ