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10/10/2019

Redução de juros do crédito imobiliário da Caixa diminui prestação em até R$ 997

Caixa Econômica Federal anunciou, nesta terça-feira, a redução de juros do financiamento imobiliário de 8,5% para 7,5% ao ano, e a maior, de 9,75% para 9,5% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR)

Caixa Econômica Federal anunciou, nesta terça-feira, a redução de juros do financiamento imobiliário de  8,5% para 7,5% ao ano, e a maior, de 9,75% para 9,5% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). Simulações mostram que a queda da taxa pode levar a redução das prestações em até R$ 997, num financiamento de R$ 1,2 milhão, em 30 anos.  Segundo estudo de Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da Construção da FGV,  cada ponto percentual de corte nos juros imobiliário tem potencial para incluir até 800 mil famílias no financiamento da casa própria.

Simulações mostram que em um financiamento de R$ 300 mil, com prazo de pagamento também de 30 anos, o valor da prestação da Caixa cairá R$ 232,97 com a taxa mais baixa, saindo de R$ 2.879,78 para R$ 2.646,81.

A queda no juros também tem impacto na renda exigida para fazer jus ao crédito, explica  o consultor José Urbano Duarte. No mesmo financiamento de R$ 300 mil, destaca ele, a redução de um ponto percentual equivale, em média, a uma renda 10% menor. Ou seja,  de R$ 7.100 para R$ 6.450.

Na avaliação de Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac), no entanto, o impacto da queda dos juros terá efeitos limitados a curto prazo no setor:

— A compra do imóvel leva em conta orçamento das famílias, manutenção de emprego, composição de renda. E o endividamento das famílias está muito alto.

As novas taxas da Caixa entram em vigor na segunda-feira e valem para novos contratos . Serão beneficiados contratos enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com recursos da poupança para imóveis até R$ 1,5 milhão, e no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) — dentro do modelo tradicional, corrigido pela TR, hoje zerada.

Em agosto, a Caixa lançou a modalidade indexada à inflação. Por ela, a taxa mínima é de 2,95% ao ano, e a máxima, de 4,95%, mais o índice de preços. Estes percentuais não serão alterados nos próximos seis meses, segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, porque a linha é recente e ainda está sendo avaliada. Especialistas, no entanto, dizem que apesar das taxas mais baixas é preciso bastante reflexão antes de optar por essa nova modalidade de crédito pela incerteza em relação a variação da inflação.

O fato de a taxa básica de juros da economia, a Selic, estar em seu menor patamar histórico, 5,5% ao ano,  já havia levado a  Bradesco e Itaú a reduzirem suas taxas para 7,3% e 7,45% ao ano mais TR, respectivamente. O Banco do Brasil pratica taxas mínimas a partir de 7,99% ao ano mais TR, para financiamento em 35 anos. Já o Santander oferece taxas mínimas de 7,99%.

**embora a caixa financie até 80% do valor do imóvel, muitos compradores não conseguem essa condição máxima, por conta da baixa renda mensal. Com isso, podem ter que dar uma entrada de valor muito alto, porque o banco, neste caso, só permite financiar 30% ou 40% do valor, por exemplo.A caixa econômica também oferece uma linha de crédito juros entre 2,95% e 4,95% ao ano, mais o índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA) como base para correção da inflação.

FONTE: O GLOBO