Por Renan Truffi e Sofia Aguiar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará, na próxima segunda-feira (20), o programa denominado Reforma Casa Brasil, uma das apostas do governo federal para as eleições de 2026. Segundo o Palácio do Planalto, a nova política vai oferecer crédito facilitado e apoio técnico para reformas e melhorias em moradias em todo o país.
A iniciativa foi desenvolvida pelos ministérios das Cidades e da Fazenda e tem a parceria da Caixa Econômica Federal.
Ao todo, a linha de crédito contará com R$ 30 bilhões do Fundo Social, abastecido com royalties de petróleo, e será voltada às famílias com renda mensal de até R$ 9,6 mil. Por sua vez, a Caixa Econômica Federal também disponibilizará R$ 10 bilhões em recursos provenientes de Letra de Crédito Imobiliário (LCI) para rendas superiores ao limite de R$ 9,6 mil - totalizando R$ 40 bilhões em crédito habitacional. A meta inicial é de 1,5 milhão de contratações.
De acordo com o governo federal, o programa a ser lançado atenderá famílias que já possuem imóvel, mas “enfrentam problemas estruturais ou de adequação, como telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação”.
Este será o segundo anúncio feito por Lula em menos de dez dias voltado a moradias. Na semana passada, como parte de um pacote voltado para a eleição de 2026, ele apresentou um novo modelo de crédito imobiliário brasileiro. As mudanças foram desenhadas para sustentar o crescimento dos financiamentos imobiliários em um cenário de escassez de funding para o setor.
A expectativa do governo, com a ideia, é injetar ao menos R$ 20 bilhões no mercado imobiliário, por meio de empréstimos habitacionais. Esse montante virá principalmente dos bancos públicos, como a própria Caixa Econômica Federal, mas poderá crescer caso haja adesão das instituições financeiras privadas.
No evento da semana passada, Lula aproveitou para defender os rumos tomados pela equipe econômica de seu governo e garantir compromisso com equilíbrio fiscal. “Ninguém no Brasil trata com mais responsabilidade as contas públicas do que quem está no governo”, afirmou, ao alegar que existe uma “indústria de jogar desconfiança na sociedade”.
