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26/08/2025

Prédio de luxo no Itaim desbloqueia obra com compra de R$67 milhões em Cepacs – Papo Imobiliário

A Construtora São José finalmente poderá retomar as obras do edifício St. Barths, na rua Leopoldo Couto Magalhães, uma das mais valorizadas de São Paulo.

A retomada ocorre após a empresa comprar cerca de 3,8 mil Cepacs, totalizando R$67 milhões, no leilão de títulos da Operação Urbana Consorciada Faria Lima realizado na última terça-feira (19).

O prédio, praticamente concluído desde 2020, teve suas obras embargadas por desrespeitar limites de construção e esteve próximo da demolição. A regularização tornou-se possível graças à revisão da operação urbana, que permite que empreendimentos irregulares sejam regularizados mediante aquisição de novos Cepacs.

Dos 164,5 mil títulos ofertados no leilão, 94,8 mil foram comprados, representando 57,6% do total, com arrecadação de R$1,6 bilhão. O preço dos Cepacs ficou em R$17,6 mil, sem ágio.

“Com essa aquisição, a construtora regulariza a questão dos títulos. Portanto, a primeira etapa está concluída. Falta, agora, a etapa de vinculação dos Cepacs e a regularização da obra junto à Secretaria Municipal do Licenciamento”, explica Edgard Leite, advogado da São José, à Exame.

A etapa de vinculação, prevista para a próxima terça-feira (26), já é considerada certa pelo advogado. Após isso, a regulamentação será formalizada, com toda a documentação já preparada, comemora Leite.

O St. Barths é um edifício de luxo com 23 andares, a poucos metros da Avenida Faria Lima, com apartamentos de 382 a 739 metros quadrados. A área construída é de 14,5 mil m², em uma das ruas mais caras da cidade, com valor médio de R$ 24,8 mil por m², segundo levantamento da Loft, o que dá ao terreno valor superior a R$360 milhões.

As obras começaram em 2018 com a terraplanagem e, em março de 2020, os 23 andares já eram visíveis. Em 2023, a Prefeitura paralisou a construção alegando falta de alvará e créditos construtivos. O caso chegou à Justiça, e o Ministério Público chegou a pedir a demolição, que não ocorreu. A São José pagou multa de R$2,5 milhões

FONTE: PAPO IMOBILIáRIO