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25/06/2025

Preços dos imóveis sobem 1,44% em maio – Sinduscon

Em São Paulo, aumento foi de 1,68%

Por Rafael Marko

Os preços dos imóveis residenciais pesquisados em dez capitais do país subiram em média 1,44% em maio, acelerando em relação ao aumento de 0,86% registrado em abril. No acumulado de 12 meses até maio, a elevação é de 11,36%, também acelerando ante os 10,63% de abril.

Os dados são do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Na cidade de São Paulo, o IGMI-R variou 1,68% em maio, ante os 0,75% de abril. No acumulado de 12 meses, o aumento é de 11,87%, mais do que os 10,37% do mês anterior.

Além de São Paulo, os preços dos imóveis em maio aumentaram em Brasília (3,70%), Goiânia (1,80%), Belo Horizonte (1,76%), Fortaleza (1,44%), Curitiba (1,28%), Rio de Janeiro (0,94%), Recife (0,78%), Porto Alegre (0,30%) e se mantiveram estáveis em Salvador (0,06%).

No acumulado de 12 meses, além de São Paulo os preços se elevaram em Salvador (17,57%), Belo Horizonte (15,56%), Fortaleza (13,05%), Curitiba (13,02%), Goiânia (10,87%), Porto Alegre (7,43%), Rio de Janeiro (6,08%), Recife (5,40%) e Brasília (4,40%).

Para a Abecip, os dados indicam continuidade no processo de valorização dos imóveis residenciais, mesmo com a elevação da taxa básica de juros (Selic), o que reforça a resiliência do setor diante de um cenário monetário mais restritivo.

Na avaliação da entidade, mesmo com a desaceleração iniciada em meados de 2022, os preços dos imóveis seguem pressionados por fatores estruturais, como o alto custo da construção, a escassez de unidades em áreas centrais e a rigidez da oferta em grandes centros urbanos. A transmissão da política monetária ao setor também é mais lenta, devido à natureza de longo prazo dos contratos e à inércia do mercado. Assim, o setor imobiliário mantém uma dinâmica própria, menos sensível ao ciclo desinflacionário da economia. No entanto, os sinais recentes de arrefecimento no IGMI-R podem marcar o início de uma convergência gradual com os fundamentos macroeconômicos.

De acordo com a Abecip, a alta do INCC, que acumulava 7,24% nos 12 meses até maio, reflete a retomada das pressões sobre insumos, mão de obra e materiais. O descompasso entre custos e preços tende a comprimir margens de rentabilidade e pode influenciar negativamente futuras decisões de investimento no segmento habitacional.

FONTE: SINDUSCON