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03/09/2025

Preços de imóveis residenciais avançam 0,50% em agosto e superam inflação – Papo Imobiliário

O mercado imobiliário brasileiro manteve o ritmo de valorização em agosto, mesmo diante de inflação moderada e juros elevados.

Segundo o Índice FipeZAP, os preços de venda de imóveis residenciais subiram 0,50% no mês, resultado levemente inferior a julho (+0,58%), mas ainda superior aos principais índices de inflação.

Enquanto o IGP-M avançou 0,36% e o IPCA-15 caiu 0,14%, o preço médio dos imóveis seguiu em alta, confirmando que “a demanda por habitação continua sustentada, seja para moradia própria ou investimento”.

Nordeste em destaque

As capitais nordestinas lideraram os avanços de agosto. Fortaleza registrou alta de 1,31%, seguida por Maceió (1,25%), João Pessoa (1,20%) e Aracaju (1,15%). Belém (1,15%) e Porto Alegre (0,91%) também tiveram desempenho acima da média.

Na contramão, Campo Grande (-0,70%) e Brasília (-0,62%) apresentaram recuos no período.

Acumulado do ano

De janeiro a agosto, os preços de imóveis subiram 4,45%, superando o IPCA (3,12%) e o IGP-M (-1,35%). “Na prática, os imóveis têm garantido um ganho real para os proprietários, reforçando seu papel de proteção patrimonial em períodos de incerteza.”

Vitória lidera a valorização acumulada em 2025, com alta de 15,20%, seguida por Salvador (12,50%) e João Pessoa (11,86%). Nenhuma das 56 cidades monitoradas apresentou queda no período.

Na comparação de 12 meses, os preços avançaram 7,04%, acima da inflação oficial de 5,10%. Destaques para Vitória (24,36%), Salvador (17,90%) e João Pessoa (16,32%).

Preço do metro quadrado

O preço médio de venda no Brasil atingiu R$ 9.423 por m² em agosto. Entre as capitais, Vitória lidera o ranking com R$ 14.117 por m², seguida por Florianópolis (R$ 12.519) e São Paulo (R$ 11.721). Já os valores mais baixos foram observados em Aracaju (R$ 5.238) e Teresina (R$ 5.698).

Perspectivas

Apesar do cenário de juros altos, o FipeZAP indica que “os preços dos imóveis seguem resilientes, impulsionados por fatores regionais e pela percepção de segurança desse ativo”. Para especialistas, o movimento deve continuar no radar de investidores e compradores de longo prazo.

FONTE: PAPO IMOBILIáRIO