A realização do sonho da casa própria ficou 0,43% mais cara em setembro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo Índice FipeZap, que acompanha a variação de preços nas 50 principais cidades do Brasil.
A nova alta faz o indicador apresentar um avanço nominal de 5,17% no acumulado dos últimos 12 meses. Como a expectativa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o período é de 10,2%, o valor corresponde a uma queda real (abaixo da inflação) de 4,59%.
Com as variações feitas com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais, o preço médio em setembro para comprar um imóvel foi de R$ 7.768 a cada metro quadrado. Assim, para comprar um imóvel padrão, com 65m² e dois quartos, é preciso desembolsar, em média, R$ 505 mil.
A alta nominal do FipeZap em setembro foi impulsionada pelas variações positivas de preço registradas em 45 das 50 cidades monitoradas. No período de 12 meses, a alta ocorreu em todas as cidades, com destaque para os saltos observados em Vitória (+20,4%), Maceió (+16,3%), Curitiba (+13,9%), Manaus (+13,7%), Florianópolis (+13,4%) e Goiânia (+12,5).
Municípios
Entre todas as cidades verificadas, São Paulo (SP) e o Rio de Janeiro (RJ) seguem como os locais mais caros para comprar um imóvel, apesar de altas menos significativas de, respectivamente, 4,17% e 2,66% nos últimos 12 meses.
A liderança do índice ocorre com a variação de 0,2% dos valores na capital paulista ao longo do mês passado, que elevou o preço do metro quadrado construído na cidade para R$ 9.622. Ao mesmo tempo, a alta verificada na capital fluminense foi também de 0,2%, o que fez o preço médio dos imóveis anunciados na Cidade Maravilhosa chegar a R$ 9.604.
Na sequência, aparecem Balneário Camboriú (SC), Brasília (DF) e Itapema (SC), com o preço médio do metro quadrado construído estimado em R$ 8.632, R$ 8.544 e R$ 8.370, respectivamente.
Vitória (ES) e Florianópolis (SC) completam a lista de cidades com o preço médio do metro quadrado mais caro do que a média nacional. Nas localidades, cada espaço mínimo de terra sai, em média, por R$ 8.276 e R$ 8.256.
Na outra ponta do índice, a cidade de Betim (MG) segue com o metro quadrado mais barato do Brasil, R$ 3.080). O município mineiro é seguido por São José dos Pinhais (PR) e Pelotas (RS). Nos municípios, cada espaço mínimo de terra está avaliado em R$ 3.702 e 3.750, respectivamente