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08/01/2020

Poupança tem menor captação anual desde 2016

Com a taxa básica de juros nas mínimas históricas, o investimento na poupança perde atratividade

A poupança teve em 2019 a menor captação líquida de recursos em três anos. O Banco Central (BC) divulgou ontem que no ano passado a captação líquida da aplicação foi de R$ 13,327 bilhões. Em 2017 e 2018, a diferença entre a captação da poupança e os saques efetuados foi de R$ 17,126 bilhões e R$ 38,260 bilhões, respectivamente. Em 2016, por sua vez, foi registrado saque líquido de R$ 40,701 bilhões.

O resultado de 2019 foi fruto de captação de R$ 2,475 trilhões e de saques de R$ 2,461 trilhões dos poupadores, segundo o BC.

 

Com a taxa básica de juros nas mínimas históricas, o investimento na poupança perde atratividade. A regra determina que, quando a Selic está abaixo de 8,5%, o rendimento da poupança será de 70% da taxa básica mais a TR, que está próxima de zero. Atualmente, a Selic está em 4,5%.

Em dezembro, as novas captações em caderneta de poupança superaram os saques em R$ 17,211 bilhões. Em novembro, a captação líquida havia sido de R$ 2,426 bilhões. Já em dezembro de 2018 a poupança havia registrado captação líquida de R$ 17,126 bilhões.

A captação líquida registrada em dezembro do ano passado se somou ao rendimento de R$ 2,533 bilhões creditado no mês. Com isso, o saldo total da poupança somou R$ 845,464 bilhões, frente a R$ 825,729 bilhões em novembro. No acumulado do ano, o rendimento foi de R$ 34,856 bilhões.

 

Em dezembro, os bancos que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário (SBPE) registraram uma captação líquida de R$ 13,597 bilhões, informou o Banco Central. Já as instituições financeiras que destinam os recursos da poupança para o crédito rural (SBPR) registraram captação líquida de R$ 3,613 bilhões, por sua vez. No ano passado como um todo, essas captações líquidas foram de R$ 12,389 bilhões e R$ 937 milhões, respectivamente.

FONTE: VALOR ECONôMICO