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16/11/2016

Planejador financeiro ganha associação

A Anbima, nas suas diversas certificações - CPA-10 para o varejo; CPA-20 para a alta renda; ou CEA para quem recomenda investimentos -, dá licenças de trabalho, isso é pré-requisito para a atuação do profissional.

A partir de hoje o Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), única entidade autorizada a aplicar o exame internacional CFP (Certified Financial Planner) no país, vira uma associação de classe e passa a se chamar Planejar. Rebatizada, com cerca de 3 mil associados entre executivos ligados a bancos e planejadores independentes, a entidade pretende difundir a cultura da especialização a um universo maior de profissionais.

Segundo o presidente da Planejar, Luiz Sorge - também presidente da BNP Paribas Asset -, a ideia é que profissionais do varejo de alta renda nos bancos - como Select, Van Gogh (ambas no Santander), Prime (Bradesco), Estilo (BB) ou Personnalité (Itaú) - se valham da certificação, hoje restrita a executivos do "private banking", dedicados ao aconselhamento de clientes com grandes fortunas.

Outro grupo que está no alvo da entidade é o profissional da área de seguros e previdência. "Quando um profissional vai ofertar um seguro patrimonial, de vida ou previdência, ele tem que entender a vida da pessoa como um todo, prover soluções encaixadas com os objetivos de médio e longo prazo e essa é a evolução da maneira de atender."

Segundo Sorge, a Planejar, nesse novo caráter associativo, não rivaliza com a tradicional Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Assume apenas formalmente um papel que já lhe cabia.

A Anbima, nas suas diversas certificações - CPA-10 para o varejo; CPA-20 para a alta renda; ou CEA para quem recomenda investimentos -, dá licenças de trabalho, isso é pré-requisito para a atuação do profissional. Já o CFP é um exame de distinção profissional, ou seja, não é obrigatório.

Segundo Sorge, 70% da base atualmente com o CFP é ligada às instituições financeiras, com a menor parte entre os planejadores independentes, que acabam recorrendo ao selo como forma de evoluir na carreira.

Apesar de ser afiliada ao Financial Planning Standards Board (FPSB), que tem globalmente cerca de 160 mil pessoas em 26 países, e autorizada a conceder a certificação CFP, o exame da Planejar não serve para o profissional que pretende atuar fora do Brasil. Para esse perfil é requerido um programa de adaptação. 

FONTE: VALOR ECONôMICO