Notícias

13/04/2021

Pandemia levou Moura Dubeux a postergar projetos para abril

Mesmo com a redistribuição dos projetos ao longo do ano, incorporadora mantém metas para 2021

A Moura Dubeux postergou para este mês dois projetos que estavam previstos para março. O adiamento resultou das condições de mercado decorrentes do agravamento da pandemia de covid-19, segundo o presidente da incorporadora, Diego Villar. Em Salvador e no Recife, onde os empreendimentos serão desenvolvidos, as visitações aos plantões de vendas voltaram, recentemente, a ser permitidas com restrições, após suspensão no mês passado.

“Estamos percebendo o melhor momento para oferecer cada produto em função do agravamento ou não da crise de saúde”, disse Villar ao Valor. Segundo o executivo, 80% das unidades do empreendimento soteropolitano já estão pré-reservadas. Os corretores do projeto passaram por treinamento virtual para buscarem potenciais compradores, que também foi oferecido a profissionais de vendas do Recife.

Mesmo com a redistribuição dos projetos ao longo do ano, a Moura Dubeux mantém suas metas para 2021.

No primeiro trimestre, a incorporadora lançou R$ 108,7 milhões. As vendas cresceram 247,7%, para R$ 268,9 milhões, o que possibilitou que a companhia tivesse o melhor primeiro trimestre de sua história. O valor inclui a participação de sócios nos projetos. Considerando-se somente a parte própria, houve expansão das vendas em 235,7%, para R$ 258,9 milhões. Segundo o presidente, a comercialização está “em linha com o planejado”.

Nos últimos 12 meses, a Moura Dubeux lançou o Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 900 milhões e comercializou R$ 1 bilhão. “Tivemos dois ou três meses muito ruins, no ano passado, por conta da pandemia, mas as vendas ficaram muito próximas a R$ 100 milhões por mês nos últimos nove meses”, diz o presidente.

Apesar da compra de sete terrenos, no primeiro trimestre, houve geração de caixa de R$ 14 milhões.

Villar avalia que a manutenção da taxa básica de juros Selic em patamares baixos, ainda que tenha havido alta recente, tem sido fundamental para o setor imobiliário. “Não acho que o Brasil tenha ambiente para a volta de juros com dois dígitos”, diz.

No momento, os pontos de atenção, segundo o presidente da Moura Dubeux, são a crise sanitária, o encaminhamento das reformas e a inflação de custos de materiais de construção. “Se não fosse a crise de saúde, não consigo imaginar um momento melhor para o mercado imobiliário”, ressalta Villar.

FONTE: VALOR ECONôMICO