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21/06/2015

Negócios no Feirão movimentam R$ 11 bi

A Caixa Econômica Federal registrou R$ 11,05 bilhões em negócios no 11º feirão da casa própria, que terminou neste final de semana. O montante é 29,2% menor que os R$ 15,6 bilhões registrados em 2014.

Aline Bronzati

Com o resultado 29,2% menor, a Caixa não atingiu a meta de repetir o desempenho do ano passado ou até mesmo superá-lo.

A Caixa Econômica Federal registrou R$ 11,05 bilhões em negócios no 11º feirão da casa própria, que terminou neste final de semana. O montante é 29,2% menor que os R$ 15,6 bilhões registrados em 2014. 

Com isso, não atingiu a meta de repetir o desempenho do ano passado ou até mesmo superá-lo, conforme havia dito a presidente do banco, Miriam Belchior, na abertura do evento já tradicional no calendário da instituição pública. 

O número de participantes também foi menor neste ano. A edição atraiu 295.579 visitantes, nas 14 cidades que receberam o evento, contra 434.417 mil no ano passado que aconteceu em 13 cidades. Na opinião do vice presidente de Habitação da Caixa, Teotônio Rezende, apesar dos números menores, o feirão deste ano mostrou ser um evento consolidado. 

“O resultado deste ano demonstra que o feirão é um evento consolidado que continua, de forma ágil e prática, ajudando cada vez mais famílias a realizarem o sonho da casa própria”, afirma o executivo, em nota à imprensa. 

A cidade de São Paulo foi responsável pelo maior volume de negócios fechados com mais de R$ 3 bilhões, seguida de Curitiba, que movimentou R$ 1,5 bilhões e Porto Alegre, com R$ 1,2 bilhões de negócios. 

A capital mineira concretizou R$ 190,9 milhões em negócios e 13,5 mil visitantes, enquanto Goiânia registrou R$ 462,3 milhões em negócios e 14,7 mil visitantes. Já os 18,8 mil visitantes soteropolitanos fecharam mais de R$ 197,6 milhões em negócios na capital baiana, em Salvador.

Também receberam o feirão as cidades de Belém (PA), Brasília (DF), Campinas (SP), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Uberlândia (MG). 

Menos recursos - A Caixa Econômica Federal restringiu as condições de crédito imobiliário devido à constante queda na captação da poupança, uma das principais fontes de recursos direcionados à habitação.

Dados do Banco Central (BC) mostram que, nos primeiros cinco meses de 2015, a quantidade de saques da poupança superou a de depósitos em mais de R$ 32 bilhões. 

Além disso, a Caixa elevou duas vezes os juros desta linha de crédito, como consequência da alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, o que impactou seu desempenho durante o primeiro trimestre. As contratações cresceram apenas 2,5% no período de um ano, para R$ 27,1 bilhões. 

O saldo da carteira aumentou 24,6% em 12 meses e 4,2% no trimestre, para R$ 354,229 bilhões. Para este ano, a instituição financeira já considera emprestar menos recursos para o financiamento de habitação do que em 2014, apesar dos incentivos concedidos ao segmento. 

Nesta edição do evento, o foco da Caixa foi o financiamento de imóveis novos e de habitação popular do Programa Minha Casa Minha Vida do governo federal e das demais operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cujo limite de financiamento é de R$ 190 mil, por um prazo de até 35 anos. 

Continuidade - Após o fim do 11º feirão da Casa Própria, a Caixa informou que sua rede de agências continuará a atender as pessoas interessadas em financiar a casa própria, com as mesmas condições apresentadas durante o evento.

No site da instituição, está disponível uma ferramenta que permite simular o financiamento imobiliário, a partir do valor do imóvel ou da capacidade de pagamento do tomador do empréstimo. 

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO