Notícias

08/11/2017

MRV teve, em outubro, melhor venda bruta do ano

O copresidente da MRV conta que houve esgotamento de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em São Paulo e parte do Rio de Janeiro no início do mês passado.

A MRV Engenharia registrou, em outubro, seu melhor mês do ano em vendas brutas, apesar da restrição de recursos da Caixa Econômica Federal direcionados para financiamento imobiliário em alguns estados. "O consumidor está mais confiante, e o desemprego começa a cair", afirma o copresidente da MRV, Rafael Menin. Já parte da chamada "venda garantida", com comercialização registrada somente no momento do repasse dos recebíveis dos clientes para o banco, foi postergada do mês passado para este, segundo o executivo.

O copresidente da MRV conta que houve esgotamento de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em São Paulo e parte do Rio de Janeiro no início do mês passado. Desde anteontem, porém, os recursos do FGTS com remanejamento autorizado entre estados passaram a ser liberados para financiamento à produção e também para repasses, o que possibilita o registro da "venda contratada".

Na avaliação de Menin, com o aumento do rigor da Caixa para liberar recursos do FGTS, incorporadoras de médio e grande porte que atuam no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida tendem a ganhar participação em relação às pequenas que atuam de maneira mais informal. "A MRV é líder e atua em 150 cidades", diz. O copresidente da MRV afirma esperar que, no médio e no longo prazos, as operações de crédito imobiliário da Caixa estejam "muito bem".

Os preços das ações da MRV têm oscilado bastante, nas últimas semanas, como consequência de notícias referentes ao uso de recursos do FGTS e ao endividamento da Caixa.

Menin reiterou que espera que o quarto trimestre seja o melhor do ano em lançamentos e vendas para a companhia. "A partir do segundo semestre, estamos focando as atenções em manter a qualidade das operações e em crescer", afirma o copresidente. Nos últimos anos, ressalta, a incorporadora buscou melhorar a qualidade das operações, investiu em terrenos, mas se manteve no mesmo tamanho. "Em 2017, voltamos a crescer", afirmou.

Sem revelar prazos, Menin destaca que a MRV está pronta para ser uma incorporadora de 50 mil unidades por ano.

No terceiro trimestre, o lucro líquido da MRV cresceu 34,8%, na comparação anual, para R$ 202 milhões. A receita líquida aumentou 13,9%, para R$ 1,222 bilhão. A margem bruta passou de 32,3% para 34,1%.

O Ebitda teve alta de 69,5%, para R$ 273 milhões. A margem Ebitda cresceu de 14,7% para 21,9%. A participação das despesas gerais, administrativas e com vendas ficou em 14,3% em relação à vendas contratadas, ante 15,2% no segundo trimestre e 15% no terceiro trimestre de 2016.

A equivalência patrimonial passou de perda de R$ 15 milhões, no intervalo de julho a setembro do ano passado, para o valor também negativo de R$ 12 milhões. A MRV gerou caixa de R$ 116 milhões. A companhia teve retorno sobre patrimônio (ROE) anualizado de 14,9%.

FONTE: VALOR ECONôMICO