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13/12/2016

Minha Casa, minha Vida ganha espaço na Benx 

A Benx aposta no desenvolvimento de empreendimentos, na cidade de São Paulo, em regiões com infraestrutura de transporte como Barra Funda, Cambuci e Jardim Marajoara.

A Benx Incorporadora, do grupo Bueno Netto, estima lançar cerca entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões por ano em 2017 e 2018. Empreendimentos enquadrados no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, devem responder por 60% do total no próximo ano e por metade em 2018. No programa, a incorporadora atua com o projeto Viva Benx, de empreendimentos econômicos na cidade de São Paulo.

"A demanda é maior do que a oferta no segmento econômico, e há crédito disponível", diz o diretor-geral da Benx, Luciano Amaral. A incorporadora atua na faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida, com unidades de até R$ 225 mil. A Benx aposta no desenvolvimento de empreendimentos, na cidade de São Paulo, em regiões com infraestrutura de transporte como Barra Funda, Cambuci e Jardim Marajoara.

"Em 2017, a velocidade de vendas deve ser superior à deste ano, mais próxima à do segundo semestre", diz Amaral. Com menos entregas previstas, os distratos tendem a ser reduzidos no mercado. A "normalidade" do setor será retomada em 2018, na avaliação do executivo. "Os preços devem ficar estáveis em 2017 e começar a subir em 2018", diz.

À medida que as condições de mercado melhorarem e os preços forem ajustados, há espaço para que as margens cresçam, na avaliação do executivo. Neste ano e em 2015, as margens tiveram queda em decorrência dos descontos para acelerar vendas. A incorporadora tem R$ 13 milhões em estoques prontos.

De acordo com o executivo, a Benx tem estrutura adequada para o tamanho esperado para os próximos três anos.

Em 2016, os lançamentos totais da Benx somaram R$ 433 milhões, incluindo o lançamento feito, neste mês, de R$ 100 milhões. A incorporadora respondeu por metade do Valor Geral de Vendas (VGV) lançado. Segundo Amaral, a Benx teve desempenho melhor do que esperava no início de 2016. Há expectativa que as vendas somem R$ 360 milhões até o fim do ano.

Do total comercializado pela incorporadora, a empresa própria de vendas responde por 60%, e as imobiliárias parceiras ficam com os demais 40%.

Os dados de lançamentos e vendas da Benx não incluem o Parque Global, projeto da incorporadora em parceria com a Related Brasil, que começou a ser lançado em outubro de 2013, na zona Sul de São Paulo. Há quase dois anos e meio, o projeto foi embargado por liminar do Ministério Público resultante de questões ambientais.

Na época do lançamento, o Valor Geral de Vendas (VGV) do projeto era estimado em R$ 8 bilhões, incluindo torres residenciais, empreendimento de uso misto e um shopping center, nas proximidades do Parque Burle Marx. Do total das unidades residenciais do Parque Global vendidas, 280 foram distratadas e 27 casos foram levados à Justiça.

Segundo Amaral, a Benx fechou acordo, por enquanto, com fatia de 90% a 95% dos clientes que entraram com processo judicial e devolveu, com correção, o que havia recebido, além da comissão paga pelo cliente ao corretor.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) tinha liberado a construção do empreendimento, mas o Ministério Público acatou contestação de uma Organização Não-Governamental (ONG) e de um morador da região referente à contaminação da área e determinou a suspensão das obras. Neste ano, a incorporadora fechou acordo com as duas partes que tinham contestado a obra. Falta, porém, a homologação do acordo pelo juiz responsável.

FONTE: VALOR ECONôMICO