Com expectativa já praticamente concreta de fechar o primeiro ano com crescimento de vendas de consumo de cimento no país, depois de quatro anos com desempenho negativo, o setor fechou novembro com aumento de 3,9% no volume comercializado, que atingiu 4,7 milhões de toneladas, ante um ano atrás - a quinta alta consecutiva na base mensal. Os dados foram divulgados ontem à tarde pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
No acumulado do ano até novembro, as vendas somam 50,5 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 3,6% frente a igual período de 2018.
Em nota, a entidade avalia que a melhora dos números está associada à recuperação do setor imobiliário, que mostrou em 2019 aumento da quantidade de lançamentos residenciais e de imóveis novos financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Em algumas regiões, como São Paulo, já se verifica redução dos estoques de imóveis residenciais, aponta o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna.
Apesar da retomada das vendas de cimento na comparação com 2018, o volume registrado ainda mostra uma defasagem em torno de 23% em relação aos observados em 2014, melhor ano para a indústria. Ainda segundo o executivo, a redução dos estoques do setor imobiliário residencial já pode ser percebida em algumas regiões, pressionando o mercado a novos lançamentos.
Em 12 meses (dezembro de 2018 a novembro de 2019), as vendas acumuladas atingiram 54,5 milhões de toneladas, o que representa aumento de 3,3% em comparação com o mesmo período anterior (até novembro de 2018).
A melhora do ambiente macroeconômico possibilitou essa retomada. A inflação baixa e controlada, aliada as novas linhas de financiamento com juros mais atrativos e uma nova modalidade, com indexador de inflação (INPC) mais juros aqueceram o mercado imobiliário, afirma Penna.
O consumo aparente de cimento em novembro, que corresponde às vendas no mercado interno somadas às importações, totalizou 4,7 milhões de toneladas, uma alta de 3,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O acumulado do ano cresceu 3,4% contra o mesmo intervalo de 2018. No comparativo dos últimos 12 meses (dezembro de 2018 a novembro de 2019), a alta no consumo atingiu 3,1% em relação ao mesmo período anterior (dezembro de 2017 a novembro de 2018).
