As taxas de juros cobradas na maior parte das linhas caiu e está em patamares baixos, mesmo com uma elevação recente, afirmou nesta quarta-feira o diretor de fiscalização do Banco Central (BC), Paulo Souza.
"Com juros sob controle e todas as medidas, não vemos dificuldade para o mercado de crédito crescer nos próximos anos acima de dois dígitos", disse, destacando a importância do equilíbrio fiscal para a manutenção de taxas de juros baixas.
Souza também destacou outros avanços dos mercados de crédito e capitais, como: duplicata eletrônica, que deve entrar em vigor neste semestre; home equity, que "pode facilmente duplicar o crédito imobiliário"; implantação das normas de recebíveis de cartão, prevista para entrar em vigor em 7 de junho e que "está indo bem".
Segundo ele, o último teste de estresse realizado pelo BC, em março, mostra que a necessidade de capital para reenquadramento está em R$ 2,8 bilhões. O indicador mostra o aporte adicional necessário para as instituições financeiras em uma situação de estresse causada pela pandemia.
De acordo com Souza, o sistema de uma forma geral está "resiliente". Ele lembrou que o nível de provisionamento das instituições financeiras para perdas "é o mais alto da nossa história" e que "a grande maioria dos bancos está com índice de provisão para perdas acima de 1".