O mercado imobiliário do Rio vive hoje um ciclo de crescimento sustentado, que ajuda a redesenhar o mapa da cidade — e não é obra do acaso! O setor registra indicadores positivos de desempenho, ancorados por uma legislação moderna e eficaz, que descortina um novo cenário de desenvolvimento urbano. E o melhor: a oferta de imóveis contempla todos os públicos em diversas regiões.
Os números confirmam esse cenário: de janeiro a setembro deste ano, foram lançados no Rio 90 empreendimentos, uma alta de 7,1% em relação aos mesmos meses de 2024. O valor geral de lançamento (VGL) saltou quase 50%, passando de R$ 8,2 bilhões para R$ 12,3 bilhões no período. Foram lançadas 14.543 unidades, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 10,09 bilhões, aumento de 13,2%. Até o final do ano, o VGV total deve superar o de 2024.
O presidente da AdemiRJ, Marcos Saceanu, destaca que o crescimento observado no período se torna ainda mais expressivo quando comparado ao resultado recorde do setor em 2024, ano de aprovação do Plano Diretor.
— Esse desempenho é fruto da maior revisão das leis urbanísticas do Rio em 50 anos. Além do Plano Diretor (2024), o Reviver Centro (2023), a Lei do Retrofit (2021) e o Código de Obras (2019) foram marcos essenciais, e a Ademi-RJ atuou de forma construtiva no diálogo com o poder público para viabilizar essas mudanças — afirma.
Os segmentos popular e de luxo são os motores dessa expansão. O Minha Casa Minha Vida (MCMV) ampliou de 36% para 43% sua participação nas unidades lançadas até setembro, enquanto o alto padrão, que passou de 4,3% para 8,8%, viu o volume financeiro lançado saltar de 24%, em 2024, para 42%.
Os imóveis compactos são as estrelas desse cenário que passou a ser desenhado após a aprovação das novas leis, especialmente no Centro e na Zona Sul. Os grandes projetos da Barra seguem em ritmo firme, e os do Porto Maravilha (ampliado até São Cristóvão) já ultrapassam 13 mil unidades lançadas, cinco mil em fase de entrega.
— A cidade está cada vez mais plural, com oferta de moradia para todos. É um equilíbrio importante após décadas de leis que já não refletiam as necessidades atuais — avalia Saceanu.
Esse desempenho trouxe para o mercado uma demanda reprimida de clientes que não conseguiam ter um imóvel por não atender aos padrões antes exigidos, segundo avalia o presidente do Sinduscon-Rio, Claudio Hermolin.
— O Rio está recuperando o tempo perdido. Agora, temos uma legislação que oferece condições favoráveis e atrai tanto moradores quanto investidores — diz. O melhor exemplo desse movimento é o Centro, que hoje abriga o maior volume de lançamentos do Rio e desponta como um grande vetor de crescimento da capital.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, ressalta que a cidade vive um novo ciclo de desenvolvimento urbano, resultado de planejamento, de diálogo e do novo Plano Diretor, e os números do mercado imobiliário refletem isso.
— O município atravessa um momento marcado por lançamentos de todos os padrões, fortalecendo a diversidade da oferta e atraindo investimentos para diferentes perfis de moradia — afirma Paes. Para o presidente da Câmara Municipal do Rio, Carlo Caiado (PSD), a Casa Legislativa foi peça-chave nesse processo de transformação da cidade ao criar um ambiente de segurança jurídica, que devolveu confiança ao investidor. — O objetivo é ter moradias acessíveis, revitalizar áreas degradadas e gerar mais empregos. O Rio está retomando o protagonismo com equilíbrio, visão e trabalho sério — conclui.