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20/11/2020

Juros baixos impacta investimentos em imóveis

Impulso das vendas está atrelado a redução da taxa Selic a 2% ao ano.

A valorização do setor ou o “boom imobiliário” é realidade devido a disponibilidade de crédito nunca vista anteriormente no país, ou seja, a baixa dos juros gera procura impactando o investimento em imóveis. Com a maior redução histórica da taxa básica de juros, efeitos benéficos para as operações de crédito e investimentos refletiram no mercado imobiliário, que por sua vez, aponta melhora nas vendas. As afirmações são da CEO da Ética Empreendimentos Imobiliários, Yslanda Barros.

Segundo ela, o impulso das vendas está atrelado a redução da taxa Selic a 2% ao ano e a nova redução da Caixa Econômica Federal na taxa de juros para financiamentos imobiliários. As novas taxas passaram a valer em 22 de outubro para novos financiamentos. O banco estima conceder até o fim do ano mais de R$ 14 bilhões em crédito imobiliário SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.

Yslanda Barros também explica que a Caixa também anunciou que vai prorrogar até o final do ano a carência para início do pagamento das parcelas dos novos contratos. Na aquisição de imóveis novos, os clientes pessoas físicas poderão iniciar o pagamento do encargo mensal após seis meses da contratação. Nesse período, pagará seguros e taxa de administração do contrato.

Ela afirma que o momento é favorável para fazer aquisição de imóveis. “O banco anunciou que não vai renovar a pausa de 180 dias no pagamento das parcelas. Mas há agora a opção de pagar parte da parcela, entre 50% e 70%, por até três meses ou de 75% do valor mensal por até seis meses”.

Segundo Yslanda Barros, o crédito mais longo que existe na economia é exatamente o crédito imobiliário e sua consequência faz com que os bancos emprestem mais do que nunca emprestaram. No mês de agosto, os financiamentos com recursos da caderneta de poupança cresceram 75% em relação a agosto do ano passado. Não apenas eles foram os maiores da história, mas a taxa de crescimento é gigantesca, praticamente dobrou a nova oferta de financiamentos imobiliários.

De acordo com ela, a consequência da pandemia é o segundo fator que está movimentando o setor. Estar em casa por vários meses fez com que as pessoas valorizassem mais as áreas comuns dos imóveis e isso tem gerado uma mudança até no tipo de imóveis que serão lançados. A experiência de trabalhar home office também trouxe novas prioridades em relação ao padrão anterior que era trabalhar no escritório pois muitas empresas já estão fechando escritórios e têm os colaboradores trabalhando em casa – esta característica trouxe uma nova demanda: a procura de imóveis maiores e imóveis usados, por terem padrões de metros quadrados superiores aos novos.

Segundo Yslanda Barros, “quem quer investir em um imóvel este é o melhor momento. A especialista explica também que o mercado está aquecido, a demanda é boa. O setor não parou de construir, de lançar empreendimentos, então, tivemos esse aumento nos contratos. O financiamento reajustado pela TR, por exemplo, também está muito atrativo. A expectativa é de que o setor imobiliário cresça mais fortemente, se tornando um dos principais segmentos da economia”.

FONTE: MONITOR MERCANTIL