Eduardo Campos e Alex Ribeiro
BRASÍLIA - A taxa de juro média cobrada pelo sistema financeiro nas suas operações de crédito registrou queda de 0,5 ponto percentual, saindo de 29% em julho para 28,5% em agosto. No oitavo mês de 2017, a queda dos juros aconteceu para jurídicas, com baixa marginal de 18,9% para 18,8%. Para as famílias, a taxa ficou em 35,6%, vindo de 36,5%. Olhando o juro com recursos livres, a taxa para as pessoas físicas saiu de 63,8% ao ano em julho para 62,3% ao ano no mês seguinte.
O custo do dinheiro para as empresas recuou de 25,3% para 24,4%. O juro total com recursos livre fechou agosto em 45,6%, vindo de 46,6% um mês antes. A queda dos juros médios do sistema mostra compatibilidade com a redução do spread, que caiu de 21,5 pontos percentuais em julho para 21,3 pontos em agosto. Já o custo de captação das instituições cedeu de 7,5% ao ano em julho para 7,2% em agosto.
Em 12 meses, o custo de captação cai 2,5 pontos percentuais, enquanto o spread recua 2 pontos. Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread ficou em 28,6 pontos percentuais, ante 29 pontos em julho. No crédito às empresas foi verificada leve ampliação de 11,4 pontos percentuais para 11,5 pontos no mês passado.
O BC mostrou ainda que a inadimplência média das operações de crédito no sistema financeiro apresentou estabilidade, em 3,7%, entre julho e agosto. Em 2016, apesar da retração econômica e aumento dos juros, a inadimplência subiu apenas 0,3 ponto percentual, para 3,7%. Entre as empresas, que lideraram os calotes no ano passado, a taxa média ficou em 3,4% em agosto, mesmo percentual do mês anterior.
Entre as famílias, a taxa permaneceu em 4%. Com recursos livres, a inadimplência das empresas seguiu em 5,5%. A taxa das famílias fechou agosto em 5,7%, sem alteração em relação ao mês antecedente. Assim, a inadimplência total com recursos livres ficou imóvel em 5,6% entre o sétimo e o oitavo mês de 2017. No crédito direcionado, a inadimplência total continuou em 1,8%. A taxa para as empresas foi de 1,5% e das pessoas físicas, de 2,1%, ambas estáveis.