Apesar do avanço tecnológico, a compra totalmente digital ainda é exceção. Apenas 1% dos entrevistados afirmou ter concluído a aquisição de um imóvel de forma integralmente online com apoio de IA. A principal barreira é a confiança. O levantamento mostra que 77% têm receio de golpes e 52% demonstram preocupação com a segurança dos dados pessoais durante a transação.
Mesmo diante dessas preocupações, o consumidor se mostra aberto ao uso da tecnologia. Para 83% dos respondentes, adquirir um imóvel com auxílio de IA é considerado seguro quando existe garantia do processo pelas plataformas envolvidas.
A IA tem atuação mais forte nas etapas iniciais da jornada, como a comparação de preços, a identificação rápida de imóveis aderentes ao perfil do comprador e o esclarecimento de dúvidas. A economia de tempo e a redução de burocracias surgem como as vantagens mais valorizadas pelos consumidores consultados no estudo.
Mesmo com o crescimento do digital, a presença humana permanece indispensável. O estudo revela que 62% dos compradores preferem atendimento com um corretor desde o início. Essa preferência indica que o acompanhamento especializado ainda transmite segurança e confiança em momentos decisivos como negociação, assinatura de contrato e análise de documentação.
A leitura do mercado é que a IA não substitui o corretor. O estudo da Brain aponta que a tecnologia tende a assumir tarefas operacionais, enquanto o profissional amplia seu papel consultivo e estratégico. A combinação entre eficiência digital e atendimento humanizado deve se tornar o modelo predominante do setor, trazendo mais qualidade para consumidores e empresas.
O avanço da IA no imobiliário já está em curso. O que deve diferenciar os players do setor nos próximos anos é a capacidade de unir inovação e relacionamento para entregar uma experiência de compra transparente, segura e personalizada.