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02/09/2025

Imóveis residenciais sobem 2,10% em julho – Sinduscon SP

Em São Paulo, variação foi de 1,51%

Por Rafael Marko

Os preços dos imóveis residenciais pesquisados em dez capitais do país subiram em média 2,10% em julho, acelerando frente à variação de 1,19% registrada em junho. Já o acumulado em 12 meses avançou de 11,73% até junho para 12,88% até julho.

Os dados são do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito e Poupança). Na cidade de São Paulo, o preço médio se elevou em 1,51% em julho, acelerando ante o aumento de 1,21% registrado em junho. No acumulado de 12 meses até julho, o incremento foi de 13,03%, acima dos 12,80% até junho. 

Além de São Paulo, houve aumentos de preços em julho em: Rio de Janeiro (3,22%), Salvador (2,73%), Recife (2,56%), Fortaleza (2,48%), Brasília (2,18%), Curitiba (1,60%), Belo Horizonte (1,47%), Goiânia (0,72%) e Porto Alegre (0,28%).

No acumulado de 12 meses até julho, além de São Paulo registraram-se elevações em: Salvador (20,89%), Curitiba (15,05%), Fortaleza (14,47%), Belo Horizonte (11,11%), Rio de Janeiro (9,85%), Goiânia (9,85%), Brasília (8,04%), Recife (7,17%) e Porto Alegre (6,05%).

Maior alta anual

Até julho, o IGMI-R nacional acumulou alta no ano de 8,25%, o maior ritmo de valorização para o período desde o início da divulgação do índice. O resultado confirma que o mercado imobiliário permanece aquecido, consolidando a trajetória de crescimento, na avaliação da Abecip.

A evolução da taxa de variação acumulada em 12 meses mostra que o IGMI-R vem se mantendo em trajetória de aceleração mais intensa que o INCC (Índice Nacional de Custos da Construção), ampliando o diferencial entre a valorização dos imóveis residenciais e os custos da construção. Enquanto o INCC apresenta maior estabilidade, o IGMI-R evidencia a alta dos preços dos imóveis residenciais, sustentado pela combinação de demanda firme e oferta de crédito ainda favoráveis. Para a Abecip, esse descolamento sugere que a dinâmica recente dos preços residenciais não se explica apenas pelos custos de construção e do crédito, mas também por fatores estruturais de oferta e demanda no setor habitacional.

A alta de 12,88% em 12 meses do IGMI-R é mais que o dobro da inflação oficial medida pelo IPCA, de 5,23% no mesmo período. Esse descompasso – analisa a entidade – revelaria que os preços dos imóveis seguem uma dinâmica própria, pouco condicionada ao comportamento da cesta de consumo das famílias.

Segundo a Abecip, a manutenção desse diferencial tem raízes na rigidez estrutural da oferta, no impacto ainda presente do encarecimento dos insumos da construção e na resiliência da demanda em segmentos e regiões metropolitanas específicas. Como consequência, os imóveis continuam a se destacar como um ativo de preservação de valor, especialmente em momentos de incerteza econômica, reafirmando seu apelo tanto para famílias quanto para investidores, destaca a entidade.

FONTE: SINDUSCON SP